Publicado em Nashim tsidkaniot
Já percebeu como tratamos a Torá? Jamais a deixamos aberta, por aí. É guardada debaixo de várias camadas. Dentro da sinagoga, na Arca, atrás de uma cortina, envolta em um manto, bem segura por um cinto. Só é retirada quando vai ser utilizada para seu objetivo sagrado: a leitura durante os serviços religiosos. Nesses momentos especiais abrimos, carinhosamente, a cortina, em seguida as portas da Arca e retiramos a Torá. Nós a descobrimos e desamarramos. Assim que acabamos nós a envolvemos de novo e a guardamos.
Por que fazemos tudo isso? Para que se dar a tanto trabalho para esconder a Torá?
Pelo fato de a Torá ser o mais sagrado dos objetos, por ser tão sagrada, especial e preciosa, jamais a deixamos exposta desnecessariamente. Nós a mantemos envolta porque não queremos tratá-la com desprezo, para não subtrair de sua santidade.
O mesmo acontece com nosso corpo, que é uma criação de D-us. É a sagrada morada da alma. Mantemos o respeito pelo corpo, mantendo-o coberto. Não por ser ele vergonhoso, mas por ser tão belo e precioso.
O recato aplica-se aos homens e, principalmente, às mulheres pois seu corpo possui uma beleza e um poder que estão acima do masculino. Os Kabalistas ensinam que o corpo da mulher tem uma beleza mais profunda por originar-se de um lugar mais elevado. Por isso deve ser mantido discretamente coberto.
É por isso que as mulheres judias andam tão cobertas, vestidas com recato. Não para esconder algo feio e sim, para valorizar algo precioso.
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