Há algumas décadas, após muito sonho e muita batalha, Tzvi conseguiu autorização para emigrar para Israel, graças a uma nova lei criada na antiga União Soviética.
No aeroporto, prestes a embarcar, um oficial russo da Polícia Federal o deteve e perguntou:
“O que é isso?”
“Perdão” - respondeu Tzvi, “o senhor deveria perguntar: 'Quem é este?' Este é um busto do camarada Stalin, nosso querido e grande dirigente do partido. Eu o estou levando para jamais esquecê-lo”.
“Muito bem” - disse o oficial, “eu fazia uma ideia diferente dos judeus, porém lhe felicito. Pode passar”.
Chegando finalmente ao aeroporto Ben Gurion em Israel, um oficial da imigração o deteve e perguntou:
“O que é isso?”
“Perdão” - respondeu Tzvi, “o senhor deveria perguntar: 'Quem é este?' Este é o maldito ditador antissemita Stalin, causador de tanto sofrimento e tantas desgraças e misérias. Eu o estou trazendo para nunca esquecer que foi ele quem perseguiu o nosso povo, e para ensinar aos jovens que foi ele quem nos fez sofrer tanto”.
“Bem senhor, acalme-se. Pode passar, a sua família o espera. Bem-vindo a Israel!”
Tzvi foi recebido com grande alegria e foram todos para o Kibutz no qual viviam, onde haviam preparado uma grande festa.
Mal chegaram ao Kibutz e ele logo foi indagado:
“Tio Tzvi, quem é este?”
“Perdão” - respondeu Tzvi, “você deveria perguntar: 'O que é isso?' Isso, querido sobrinho, são doze quilos de ouro puro”.
Um dos motivos de nos fantasiarmos em Purim é lembrar que as aparências enganam. Alguém com uma aparência malvada como a de Stalin pode ser na verdade uma ótima pessoa com um coração de ouro. Devemos nos conscientizar que o que nos separa são apenas distorções (máscaras) da nossa verdadeira identidade. Se juntos somos mais fortes, então o que pode nos dividir?
Um Purim verdadeiramente alegre para todos!
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