Por Jerold S. Auerbach
Em Algemeiner.com
Há algumas semanas, dois jovens americanos foram assassinados em ataques terroristas, um em Israel e outro na França.
Ezra Schwartz, um jovem de 18 anos de Sharon, Mass., estava passando um ano como estudante de yeshiva e como voluntário em Bet Shemesh. Ele foi morto perto de Gush Etzion, ao sul de Jerusalém, onde ele tinha acabado de entregar cestas de alimentos para os soldados e visitado o memorial dedicado a três crianças israelenses que foram sequestradas e assassinadas naquela região no verão passado. Em um artigo (20 de novembro) dedicado a cinco assassinatos por “agressores palestinos ", a repórter Isabel Kershner do New York Times dedicou um parágrafo (com menos de 100 palavras) para a vítima judaica americana.
No entanto, o mesmo jornal não poupou elogios e extenso currículo ao descrever a vida de Nohemi Gonzalez, de 23 anos de idade, estudante universitária da Califórnia, que passava o semestre em uma escola de design em Paris, única americana vítima do Estado Islâmico morta nos recente ataques terroristas. Ela foi descrita no Times (20 de novembro) pelo repórter Dan Bilefsky como "emblemática em meio a dezenas de outras vítimas: Jovem. Ambiciosa. Perseguindo sonhos e absorvendo a sofisticada Paris, rica em história e cultura."
Uma estudante muito animada ao lado do grupo de universitários sonhadores que passam um semestre no exterior”, e em seu tempo livre "era presença marcante em cafés e bistros dividindo o espaço ao lado dos parisienses.” "Perdeu sua vida no ataque que matou dezenove frequentadores em um bistrô. "
Em seu artigo de cinco colunas sobre "a agitada vida e determinação desta jovem", o jornalista publicou uma foto de Gonzales, não poupaou extensivos elogios sobre ela.
O contraste gritante da cobertura do jornal sobre duas vítimas do terror, ambas americanas foi tão contrastante quanto ofensiva. Expôs a evidência vergonhosa sobre a convicção do New York Times de que judeus americanos vítimas de atentados terroristas em Israel tem pouca relevância diante dos atentados ocorridos na França, ou qualquer outro local for a de Israel.
Maa quem era Ezra Schwartz?
Segundo o The Times - The Times of Israel, ele era um jovem "compassivo e forte" graduado pela Escola Ortodoxa Maimonides em Brookline. Amigos lembram dele como "um jovem determinado, conhecido por sempre ajudar os outros e também de humor agradável conseguindo fazer com que pessoas tímidas ou retraídas saissem de suas ‘conchas’. Segundo seus colegas “era o tipo de amigo que incentivava os outros a superarem seus medos e a investirem qualidade em suas vidas.”
Ezra foi assassinado por um palestino armado com uma Uzi. Por trás dos ataques terroristas em Israel e na França, o primeiro-ministro Netanyahu afirmou que eles "representam o Islã radical, que procura nos destruir." Ele continuou: "Quem quer que condene os ataques na França deve condenar os ataques em Israel. É o mesmo terrorismo."
Essa é uma lição que o The New York Times ainda tem que aprender. O adágio bíblico "que você viva até 120 anos" (Bereshit 6: 3) deve ser aplicado aqui. Foi exatamente esse tempo, quando Adolph S. Ochs adquiriu o jornal, pavimentando o caminho para o casamento com a dinastia da família Sulzberger que o sucedeu. Sua hostilidade contra o sionismo, a indiferença ao Holocausto e mal-estar (para dizer o mínimo) sobre a realidade do Estado judeu são bem conhecidos.
Qualquer pessoa que perceba essas discrepâncias na notícia veiculada com um tratamento no mínimo injusto e malicioso, recomendo ler The Times - não The New York Times, mas The Times of Israel.
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