Um rabino foi informado sobre o sofrimento de determinado indivíduo que não tinha fonte de renda, e pediram-lhe para angariar fundos para o homem. "O sujeito está praticamente morrendo de fome" – disseram-lhe.
O rabino ficou desconfiado. "Não entendo. Ele é saudável e capaz. Com certeza consegue arrumar um trabalho e ganhar o suficiente para sustentar-se."
"Mas nenhum dos trabalhos disponíveis é apropriado para ele" – contrapôs o intermediário. "Ele é muito orgulhoso, e os empregos que lhe ofereceram são simples, e portanto ele sente que estão abaixo de sua capacidade."
"Bem, então" – disse o Rabino, abandonando a causa – "neste caso, não é verdade que ele está morrendo de fome. Está morrendo de orgulho."
Certas pessoas são incapazes de distinguir entre os dois. São dominadas a tal ponto por seu senso de status pessoal que nem sequer consideram muitas opções viáveis.
O Talmud exige que a pessoa aceite até o emprego mais subalterno para não recorrer a outros para sobreviver. "Esconda-se ou use uma máscara se precisar, mas não desça ao ponto de aceitar caridade por causa de seu (muitas vezes imaginário) senso de dignidade (Pessachim 113b).
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