O adágio popular diz: "A carga que um camelo suporta depende de sua força". D’us espera que a pessoa doe tsedacá proporcionalmente à abundância com que foi abençoada.

De fato, uma pessoa é afortunada se doa tsedacá com generosidade. A seguinte parábola ilustra esse ponto:

Dois carneiros estavam às margens de um rio, olhando desconfiados para as ondas espumantes. Será que conseguiriam atravessá-lo a nado, alcançando a verdejante campina que lhes acenava do outro lado?

Ambos mergulharam e começaram a nadar vigorosamente. Contudo, enquanto um carnerinho mantia o ritmo, o outro logo cansou-se, conseguindo manter sua cabeça fora da água com muita dificuldade. Não demorou muito e foi tragado pela forte correnteza.

Para azar desse carneiro, sua longa pelagem acabou sendo um empecilho, tornando-se uma pesada carga ao molhar-se. O outro carneiro, no entanto, estava tosquiado. Era leve, locomovia-se com facilidade, conseguindo, assim, sobreviver. Nossos sábios aconselham a pessoa atravessar ao "outro lado" com pesos leves; ou seja, a livrar-se do dinheiro extra, distribuindo-o para tsedacá. Se a pessoa, em vez disso, guardar e acumular dinheiro, por fim este o arrastará para baixo. Pois ela não utilizou sua fortuna conforme os ensinamentos da Torá.