A Torá nos fala de quatro filhos: o sábio, o perverso, o tolo e aquele que não sabe perguntar. Há observações interessantes a serem feitas sobre eles. Uma delas é a razão pela qual o filho perverso não é mencionado por último, mas logo após o filho sábio. O motivo é que estando próximo ao filho sábio, passa a ser deste a responsabilidade de ensinar ao perverso a enxergar o bem, ao invés do mal.

A Torá coloca o tolo e aquele que não sabe perguntar por último, pois a ignorância é algo muito grave. Se eles tivessem perguntado, buscado, diferenciado entre o certo e o errado, teriam adquirido sabedoria. Mas por estarem completamente "desconectados", não possuem nada. Já o perverso possui um potencial muito maior, por estar por dentro do assunto e ter se tornado um conhecedor, embora mal intencionado. Mas ele entretanto possui o potencial de mudar. Que possa o filho sábio estar a seu lado para influenciá-lo na escolha do bem.

Mesmo o filho sábio, não deve se descuidar. Não deve achar que por causa de sua sabedoria, nada irá lhe abalar. É da sua natureza querer experimentar, inventar, conhecer. Em todos estes momentos deverá tomar muito cuidado: deverá ter em mente que o mal está sempre espreitando ao seu lado.