Antigamente, placas polidas de cobre eram utilizadas como espelhos. Além de suas joias, as mulheres virtuosas trouxeram seus espelhos de uso pessoal para serem aproveitados como material para a construção do Mishcan. Ao ver isto, Moshê pensou:

“Como posso aceitá-los? São instrumentos de sedução.”

“Não despreze os espelhos”, corrigiu Hashem. “Graças a esses espelhos, o povo de Israel se multiplicou no Egito. As mulheres judias os usaram para se embelezar, a fim de continuarem a ter filhos, a despeito da tortura egípcia.”

D’us ordenou a Moshê:

“Aceite esses espelhos para a confecção do Kiyor, [o lavatório feito destes espelhos de cobre], porque eles são mais queridos para Mim do que as outras doações. As mulheres judias utilizaram esses espelhos apenas para propósitos sagrados.”

Os espelhos não apenas deveriam ser aceitos, como também seriam totalmente utilizados para formar o Kiyor. Ao contrário dos outros objetos do Mishcan, que possuíam medidas específicas, o lavatório não tinha medida que limitasse seu tamanho. Assim, os espelhos seriam aproveitados integralmente, demonstrando sua preciosidade e santidade.