As sete leis universais
O judaísmo considera alguns princípios como base da fé, ética e moral universais, que devem ser difundidos por toda a humanidade, para garantir a existência pacífica e justa entre as nações.
Apesar de existirem inúmeros preceitos Divinos, sete deles ultrapassam as fronteiras da fé judaica e foram ordenados por D’us para toda a humanidade. No judaísmo, acreditamos que quando todas as nações do mundo seguirem esses sete preceitos básicos, garantiremos um mundo ideal para viver.
1. Não praticar idolatria
O termo idolatria não quer dizer apenas adorar ídolos. Isso era um costume pagão antigo que não faz nenhum sentido hoje. Não praticar idolatria significa manter a fé e a confiança absolutas em D’us e na Divina providência. Quando a humanidade adotar essa crença de modo verdadeiro, todo o comportamento ético será diferenciado e positivo.
2. Não blasfemar contra D’us
É muito comum que uma pessoa ao passar por dificuldades em primeiro lugar jogue a culpa em D’us. Na verdade tudo o que ocorre vem de D’us, mas Ele é o exemplo máximo de bondade e saberá que com um pouco de treino podemos enxergar como as coisas vêm para o bem e que o Criador deve ser agradecido por Sua benevolência.
3. Não cometer homicídio
4. Não roubar
5. Não cometer adultério e não manter relações incestuosas
Quando a pessoa tem uma fé inabalável, entende que existe um Dono para esse planeta, e que seus atos são levados pelo Criador. Dessa forma, não se deixa dominar pelo próprio ego, não se dá ao direito de agir contra a vida do próximo, nem contra seu patrimônio. Conhece ainda seus limites e sabe que não tem o direito de entrar no limite alheio.
6. Estabelecer tribunais
Quando existe uma divergência entre duas partes, não se tem o direito de agir por conta própria, nem privilegiar um dos lados no julgamento. Como existe uma forte tendência do ser humano de agir por amor próprio, escondendo seus próprios erros, às vezes é muito difícil identificar quem tem razão. Por isso, para a convivência harmoniosa entre as pessoas, são necessários tribunais justos e honestos. Órgãos neutros, dirigidos por pessoas idôneas que tem o poder de trazer a paz entre os homens, garantindo uma existência saudável.
7. Não molestar os animais ingerindo um órgão retirado em vida
D’us criou o mundo dividido em quatro níveis: a) Os seres inanimados, como minerais, água e rochas; b) os vegetais; c) os animais e d) os seres humanos. Esses níveis equivalem ao Tetragrama; ou seja, ao nome Divino de quatro letras. O objetivo de cada um desses grupos é de se elevar aos níveis superiores. Isso ocorre, por exemplo, quando a água é usada para regar uma planta, ou para saciar a sede de um animal, ou ser humano. E, ainda, quando uma planta serve de alimento. Esse é o motivo que ao homem é dado o direito de se alimentar, ou usufruir de um animal.
No entanto, em nenhum momento foi dado ao homem o direito de torturar um animal, nem fazê-lo sofrer. Portanto, ao extrair a carne ou órgão de qualquer animal para ingeri-lo, deve-se ter certeza absoluta de que ele não sofra, devendo fazê-lo somente após sua completa morte. Quem não se importa com o sofrimento de um animal, desrespeitando a obra da criação, não terá também respeito aos seres humanos que o cercam.
Estas leis foram comunicadas por D'us a Adam e Noach, ancestrais de todos os seres humanos. É isso que torna estas regras universais.
As leis feitas por humanos podem mudar de acordo com as circunstâncias. Mas as leis feitas pelo Criador de todas as almas ao longo de todos os tempos permanecem as mesmas para todas as pessoas em todos os momentos.
Se cumprissemos essas leis apenas porque elas fazem sentido para nós, então as mudaríamos, de acordo com a nossa conveniência. Seríamos nosso próprio deus. Mas quando entendemos que são as leis de um D’us supremo, entendemos que elas não podem ser alteradas.
Por que as Leis de Noach são especialmente importantes hoje?
Aqueles que mantiverem estas regras básicas terão uma participação na época de Mashiach , pois, agiram para torná-lo real e possível.
Embora estes ensinamentos tenham sido registados nos textos sagrados judaicos, durante muitos séculos os judeus não foram capazes de falar sobre eles às pessoas entre as quais viviam. Mas o Rebe, Rabino Menachem M. Schneerson, de abençoada memória, encorajou os judeus a divulgar estes ensinamentos, para que o mundo possa se preparar para os tempos de paz e sabedoria. Quando chegar essa época, que seja em breve, finalmente viveremos juntos em paz e o mundo estará repleto da sabedoria divina.
Por que são chamadas de Leis de Noach?
Estas são chamadas de Leis de Noach porque são herança da humanidade de nossos ancestrais mais antigos. Visto que toda a humanidade é descendente de Noach, que sobreviveu ao Grande Dilúvio.
A tradição judaica conta que seis dessas leis foram dadas ao primeiro ser humano, Adam. Uma sétima lei, a proibição de comer membros de um animal vivo, foi dada a Noach quando a humanidade foi autorizada a consumir carne.
Mais Leis de Noach
Esses sete princípios são gerais. Muitos outros ensinamentos, todos intuitivos para a mente humana derivaram destes sete.
Estas incluem a prática de caridade e atos de bondade, honrar e respeitar os pais, conectar-se a D'us e reconhecer Sua sabedoria e grandeza.Isto também significa não agir de forma imprudente em relação à magnífica criação que foi confiada à nossa administração.
Quem guarda as leis de Noach?
Ninguém precisa se converter ou filiar-se a uma determinada igreja ou templo para guardar esses princípios e leis. Mas é importante mantê-las porque é isso que o D'us supremo deseja de cada um de nós, e não apenas porque são leis positivas, essenciais e sábias.
Qualquer pessoa que cumpre estas regras básicas por esse motivo – independentemente de raça, nacionalidade ou cultura – é considerada uma pessoa justa e é abençoada por cumprir a vontade do Criador.
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