"D'us disse a Moshê: 'Entalhe para ti duas tábuas de pedra como as primeiras, e escreverei sobre estas tábuas as palavras...'" Versículo 34:1
"Entalhe para si" - D'us revelou a Moshê um bloco de safira sob sua tenda e disse-lhe: "A sobra dos entalhes pertencerá a você." Com isso, Moshê tornou-se imensamente rico. (Comentário de Rashi)
Os blocos de safira sobre os quais foram escritos os Dez Mandamentos foram também uma fonte de riqueza material para Moshê, mas a Torá enfatiza que este foi apenas um benefício adicional derivado das "sobras" - algo profundamente secundário em relação à verdadeira função das tábuas.
A função da Torá é inspirar e ensinar. Os benefícios materiais que resultam são uma conseqüência de sua verdade abrangente e perfeição, mas seu significado relativo é equivalente às aparas da obra do entalhador. (Rabi Menachem Mendel de Lubavitch)
Como eu Poderia Saber?
Uma esposa abandonada foi certa vez a Lubavitch procurar a ajuda de Rabi Menachem Mendel. Com ela estava seu único filho, que era mudo. A mulher pediu para ser recebida pelo Rebe, mas seu pedido foi recusado. Contou com a ajuda da própria esposa do Rebe para interceder por ela, mas foi em vão.
Finalmente, os chassidim aconselharam-na a levar a criança para dentro do escritório de Rabi Menachem Mendel, e fazê-la entregar ao Rebe uma mensagem pedindo ajuda. A mulher escreveu uma nota descrevendo sua situação que era de uma esposa abandonada, escondeu seu filho sob a escrivaninha e disse-lhe para entregar o recado ao Rebe quando este entrasse na sala.
Quando a criança entregou o recado a Rabi Menachem Mendel, ele disse: "Vá e diga à sua mãe que seu pai pode ser encontrado em tal e tal lugar." A criança deixou a sala, voltou à mãe e articulou claramente a mensagem. A mulher recebeu o divórcio, compensação financeira por parte do marido, e um filho saudável e falante.
Quando os resultados miraculosos foram entusiasticamente reportados ao Rebe, este disse simplesmente: "Como eu poderia saber que a criança era muda?"
A Rebetsin, também, não ficou impressionada pelo duplo milagre. Lembrou aos chassidim sobre o que seu avô, Rabi Schneur Zalman de Liadi, contava sobre os dias em que era um discípulo do Maguid de Mezeritch: "Em Mezeritch," Rabi Schneur Zalman costumava dizer, "os milagres rolavam debaixo da mesa sem que ninguém se incomodasse em apanhar um sequer..."
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