Há 41 anos, faleceu o renomado rabino e cabalista, Baba Sali, Rabino Israel Abuhatzeira. Sua história de vida pode nos fortalecer, especialmente neste momento.
Assim escreveu o Rabino Zevik Harel:
"Fala-se muito sobre a Torá e os milagres do Baba Sali, mas eu quero falar sobre o que ele passou em sua vida. É inacreditável.
Aos 18 anos, ficou órfão de seu pai, que também era seu mestre. A partir de então, ele se apegou ao tio mais velho de seu pai, Rabino Yitzchak, mas quatro anos depois, esse tio foi assassinado por ladrões no Marrocos.
Seu irmão mais velho, rabino da cidade, também foi assassinado pelo governo marroquino, e a liderança da comunidade recaiu sobre seus ombros.
Sua primeira esposa faleceu ao dar à luz sua filha, que também não sobreviveu. Ele se casou novamente, mas durante uma década não tiveram filhos.
Anos depois, seu irmão mais novo e amado o visitou e, ao voltar para casa, morreu em um trágico acidente de carro.
E a lista não termina aí. Basta uma tragédia dessas para tornar uma pessoa amarga e sombria. Mas o Baba Sali apenas cresceu, se elevou e se refinou através dessas dores.
Parece que existem duas opções: quebrar-se ou tornar-se mais sensível e compreensivo diante da dor. O Baba Sali sentia tudo – desde a tristeza de cada pobre e necessitado que o procurava.
Centenas de milhares de pessoas encontraram nele um refúgio porque ele sabia o que era perder um pai, perder uma esposa, esperar por filhos. Suas preces e seu amor por todos vinham de um coração caloroso e amplo.
Certa vez, em Chanucá, viu que estavam distribuindo Chanucá guelt (dinheiro de Chanucá) para as crianças em notas e pediu que dessem o mesmo valor, mas em moedas. Quando lhe perguntaram por quê, ele explicou que uma criança se entusiasma mais com uma moeda brilhante do que com uma cédula de papel. Sua grande sensibilidade chegava até o coração das crianças."
(Ilustração: Naama Lahav)
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