Às vezes, podemos enxergar um processo histórico através dos pequenos detalhes: mais de 2.000 estudantes participaram do Shabat anual do "Chabad on Campus".
Esse é um número recorde, especialmente após um ano desafiador nos campi universitários. Muitos deles me contaram como redescobriram sua identidade desde 7 de outubro. Essa data os obrigou a escolher um lado, a entender quem são.
Será que o distanciamento e a assimilação serão substituídos agora por uma conexão com Israel e com o judaísmo? Tomara.
Vim aqui para dar palestras, mas não é isso o mais importante. O mais essencial foi o abraço. Pessoas viajaram por horas para receber um abraço durante as refeições de Shabat, no Kidush, na Havdalá, nas orações.
Depois de um ano de antissemitismo nas universidades, de batalhas contra apoiadores de causas contrárias, de hipocrisia acadêmica, esses estudantes simplesmente formaram círculos espontâneos, colocaram as mãos nos ombros uns dos outros e dançaram juntos, mesmo sem se conhecer.
Quando perguntaram no fim do Shabat: "Qual foi o momento mais emocionante do fim de semana", aqui estão algumas respostas:
Rachel, de Los Angeles: "O momento em que acendemos as velas de Shabat juntas, mil estudantes, e recitamos a bênção juntas. Não foi só o momento mais emocionante do Shabat… foi o mais emocionante da minha vida!"
Eli, de Toronto:"Sempre achei que o judaísmo tivesse morrido com meu bisavô. Nunca imaginei que fosse possível dançar e cantar sua identidade judaica."
Jessica, de um pequeno campus no Alabama começou recentemente a usar uma corrente com a estrela de David. Para ela, esse foi um espaço seguro para falar sobre os soldados, os sequestrados e tudo o mais. Durante o Shabat, teve pela primeira vez a ideia de fazer algo inédito: visitar Israel. Vale lembrar que a maioria dos judeus dos EUA nunca esteve no país.
Quando me pediram para resumir o que achei de todo o evento, respondi que vi claramente neste Shabat que podemos ser o menor povo, mas somos com certeza uma grande família.
Faça um Comentário