Na Academia de Eliyáhu estudou-se como segue: "Lembra o dia de Shabat para santificá-lo" (Êxodo 20:8); com que [podes] santificá-lo? Com o estudo de Torá e da Mishná, com comida e bebida, com roupa limpa e com descanso.
Mechiltá, Taná de’Vê Eliyáhu 26

"Lecadeshô" ("para santificá-lo"), i.e., com uma bênção. Daí concluíram [os sábios] que santificamos [o Shabat] com vinho, à sua entrada.
Mechiltá, Yitrô

Um dos motivos do preceito de santificar o Shabat é que este ato nos conscientiza da grande importância do dia [de Shabat] e firma em nós a crença na Criação do mundo, conforme está escrito: "Pois em seis dias fez o Eterno os Céus e a Terra…" (Êxodo 20:1). É obrigatório o uso de vinho para o kidush, pois estimula o ânimo da pessoa e a alimenta e alegra.

Por isso, nossos Sábios disseram no Talmud que a pessoa que prefere pão deverá fazer o kidush sobre o pão, pois seu ânimo é estimulado pelo que mais satisfaz seu paladar. Porém, a havdalá feita à saída do Shabat deve ser sobre o vinho. Nossos sábios determinam isso pela lógica, pois à saída do Shabat a maioria das pessoas prefere bebida à comida, visto que já provaram a refeição sabática à tarde.
Sêfer Ha’chinuch, Parashat Yitrô

"Todo aquele que faz a bênção sobre o vinho na noite de Shabat [sexta-feira à noite], viverá muitos dias e muitos anos neste mundo e terá muitos anos mais de vida no Mundo Vindouro."
Pirkê de Rabi Eliêzer, cap. 16

Os discípulos perguntavam a Rabi Zacai: "A que o senhor atribui sua longevidade?" O Rabi respondeu: "Nunca chamei a ninguém por um apelido e nunca deixei de fazer kidush. Quando minha mãe já era idosa, aconteceu certa vez que eu não tinha com que fazer o kidush. Então ela vendeu seu único chapéu e me trouxe vinho para o kidush." Relataram que, ao morrer, ela deixou trezentos barris de vinho – tal foi sua recompensa.
Talmud, Meguilá 27