O Shabat entre Rosh Hashaná e Yom Kipur é chamado Shabat Shuvá (Retorno), em referência à primeira palavra da Haftará. É também conhecido como Shabat Teshuvá (Arrependimento), por ser um dos Dez Dias de Arrependimento, entre o período de Rosh Hashaná até Yom Kipur.

Não é significativo que Shabat Teshuvá seja depois e não antes de Rosh Hashaná? Dessa maneira, mesmo depois que o homem atinge as elevadas alturas espirituais de Rosh Hashaná, ainda há necessidade de um Shabat Teshuvá. Pois, quanto mais a pessoa se aproxima de D'us, mais percebe suas falhas no serviço de D'us.

Cada passo à frente significa realmente que o último passo está bem atrás, embora estivesse uma vez "à frente". E enquanto o homem se eleva ainda mais alto, de um plano a outro mais elevado, tem razões para arrepender-se de seu estado anterior, quando estava mais distante de D'us do que está agora.

A leitura na Torá

A leitura na Torá em Shabat Shuvá é na maior parte a porção de Haazinu, a penúltima Porção do último livro da Torá. Às vezes, entretanto, poderia ser a porção Vayelech, aquela que precede Haazinu. Ambas as porções contêm elementos que são bem apropriados à época, como a repreensão de Moshê aos Filhos de Israel em deixá-los, exortando para a obediência a D'us, arrependimento, e assim por diante. A porção Haazinu contém a famosa Canção de Moshê. Seus lindos versos contém o segredo da existência de Israel e o futuro de seu destino.

A Haftará deste Shabat é obviamente apropriada ao caráter do dia. É o Shabat dos Dez Dias de Arrependimento. A Haftará, por isso, começa com um chamado para o Arrependimento: "Retorna, ó Israel, para o Senhor teu D'us." Isso nos diz para não confiar em nenhum outro povo em épocas de sofrimento, mas somente em D'us. Em algumas congregações a Haftará é continuada com a leitura do capítulo dois do livro de Yoêl, começando com "O Toque do shofar em Tsion," que continua no mesmo tom.