Embora seja mais fácil ser um recebedor do que um doador, dar é muito mais gratificante do que receber. Podemos comprar mais com nove dólares do que com um dólar, mas a natureza humana prefere uma moeda ganha a nove moedas não ganhas dadas de presente. Por que é mais gratificante (a longo prazo) dar do que receber?

Porque fomos feitos para ser criadores - como o arquiteto Divino em cuja imagem fomos criados. Temos a responsabilidade de iniciar, de ser proativos, de construir - de mudar o mundo em que vivemos. É por isso que estamos intrinsecamente programados para sermos doadores, não tomadores. E é por isso que nos sentimos mais realizados quando damos.

Sim, principalmente recebemos (mais do que damos) nos primeiros anos, pois somos mantidos por nossos pais. Mas isso é apenas em nossos anos de formação, quando estamos sendo treinados e educados, nos preparando e nos moldando para nos tornarmos verdadeiros doadores. É como um aluno que deve primeiro absorver a sabedoria de seus professores antes de se tornar um professor (e mesmo quando você se torna um professor e se doa, você sempre permanece um aluno).

A felicidade está no domínio dos doadores, não dos recebedores. Você está sendo fiel ao seu dom inerente de dar, ou deixou que a competição do mundo material encobrisse sua bondade interior?

Resgatando a Insegurança

Uma forma de compensar por nossas inseguranças é nos tornarmos recebedores. Uma pessoa segura se sente segura o suficiente para dar, enquanto uma pessoa insegura pensa que dar a diminuirá. Ela, portanto, recorre a tomar, pensando erroneamente que isso a tornará mais completa. Acumular, coletar, reunir dá a ela uma sensação de segurança - uma falsa sensação, mas ainda parece que ela “possui” algo.

Na verdade, não possuímos nada, exceto nossas próprias escolhas. Em nosso mundo inseguro, a maioria das pessoas tornaram-se tomadores (não naturais), vivendo na ilusão de que tomar e acumular trará segurança. Vivemos em um mundo de “competição” - pessoas competindo umas com as outras por status, poder e influência. E nesse clima de ansiedade, somado às inseguranças psicológicas que muitos de nós assumimos devido a pais ausentes (ou pior) que não cultivaram nossa autoconfiança, buscamos panacéias que nos darão uma sensação tangível de controle. O dinheiro é talvez a droga calmante mais forte de todas - você está sob sua influência? Até que ponto?

Exercício: Pergunte a si mesmo: Você fica mais feliz quando ganha dinheiro ou quando o doa para uma boa causa?