A policia alemã iniciou uma investigação após um incidente na semana passada no qual um dos mais proeminentes rabinos de Berlim foi insultado e cuspido.

Voltando para casa dos serviços do Shabat com um dos seus filhos na última sexta-feira à noite, Rabi Yehuda Teichtal foi abordado por dois homens, que o insultaram em árabe e então o agrediram. O ataque foi mais um lembrete dos perigos enfrentados por judeus visivelmente identificáveis na capital alemã, onde mais de 1.000 incidentes antissemitas – vários deles envolvendo violência – foram registrados em 2018.

Numa declaração sobre essa experiência, Teichtal declarou que “a agressão contra judeus têm desenvolvido uma vida própria, tanto nos pátios das escolas como nas ruas de Berlim.” Ele acrescentou que continuava “convencido de que a maioria das pessoas em Berlim não quer aceitar essa agressão contra judeus como uma parte triste da vida judaica diária,” prometendo que “não iremos nos esconder agora, mas sim continuar a construir sobre o amor, tolerância, diálogo e educação.”

Vários políticos de Berlim se solidarizaram com Teichtal, um conhecido rabino do movimento Chabad que atua como presidente do Centro de Educação Judaica em Berlim, onde trabalha há mais de 20 anos.

O Senador de Berlin Dirk Behrendt tuitou que o ataque era “vergonhoso – não deixaremos de lutar contra o anti-semitismo em todas as suas manifestações,” enquanto Raed Saleh, líder da ala esquerda do Partido SPD em Berlim, declarou que “o ataque ao meu amigo Rabi Teichtal é um ataque a todos nós.”

O chefe da comunidade judaica em Berlim exigiu que a polícia forneça um acompanhamento aos rabinos indo para a sinagoga numa declaração separada. Essa medida era necessária para eles “irem e voltarem da sinagoga sem ser perturbados”, disse Dr. Giden Joffe.

Abordado para responder à proposta de Joffe pelo jornal Tagesspiegel, um porta-voz da Administração Interior de Berlim disse que “a proteção da comunidade judaica e seus membros é nossa maior prioridade.” Porém, o porta-voz não deu detalhes concretos das medidas adicionais de segurança sendo tomadas, dizendo apenas que a polícia de Berlim estava monitorando a situação “continuamente”.