O rabino Jonathan Sacks comparou o antissemitismo que hoje cresce em países europeus ao que havia antes do Holocausto.

"Hoje, dificilmente existe um país no mundo, certamente nenhum na Europa, onde os judeus se sintam seguros. É difícil descrever a gravidade da situação, não apenas para os judeus, mas para toda a humanidade que compartilhamos".

Rabino Sacks citou o antissemitismo que cresce nas fileiras do Partido Trabalhista britânico, afirmando que "uma sociedade - ou um partido político - que tolera o antissemitismo, ou qualquer ódio, perdeu toda a credibilidade moral".

"Não se pode construir um futuro sobre os mitos malignos do passado", destacou. "Não se sustenta a defesa da liberdade com base na hostilidade e no ódio".

Rabino Jonathan Sacks declarou ter ficado chocado quando visitou a Polônia e descobriu que o gueto de Varsóvia estava localizado no centro da cidade. Ele disse que isso o fez lembrar dos políticos, de diferentes ideologias, que, durante o Holocausto, permitiram que o mesmo antissemitismo medieval prevalecesse.

"É nesse ponto que estamos hoje", destacou. "Na memória viva do Holocausto, o antissemitismo voltou exatamente como era no passado, quando as pessoas começaram a sentir que haviam finalmente vencido os ódios medievais".