O que acontece depois que vivemos; existe vida após a morte? O que o judaísmo fala sobre isso? Não há espaço para debates e conjunturas sobre opiniões pessoaismas vamos procurar saber o que a Torá tem a nos dizer sobre esse assunto; o que sabemos?

A vida vive, a vida não pode morrer assim como a morte não pode viver. A alma é um ser vivo que entra em um corpo e o corpo toma emprestado a vida da alma. Quando se separam, seguem seus próprios caminhos. O corpo retorna ao pó [“do pó vieste e ao pó retornarás..”] e a alma retorna junto às almas – você pode chamar de Paraíso ou pode chamar de inferno, mas você está descrevendo a vida continuada da alma viva.

Então há vida após a morte? O que vive?

Cada aspecto de sua vida, suas emoções, suas memórias, seus relacioanmentos, sua sabedoria, seu conhecimento, suas dores e seus prazeres todos eles vivem. Pois todos são aspectos da vida, e vida só sabe viver, a vida não pode morrer.

Então a pergunta “há vida após a morte” não faz sentido. A vida vive e o corpo retorna ao pó. Essa é a natureza do corpo. Ele não é algo vivo por si mesmo, ele volta a ser um mineral. A alma, por outro lado, sempre esteve viva e sempre continuará a viver.

Quando recitamos o Cadish ou Yizcor mantemos um relacionamento com um ser vivo que é tão real, se não mais real, do que um corpo. A razão pela qual a maioria dos judeus vão a sinagoga para recitar o Yizcor, e não vão para qualquer outra reza, é por que a alma para a qual estão dizendo o Yizcor não irá permitir que permaneçam longe, pois elas precisam do Yizcor. Elas precisam do seu cadish, elas precisam da tsedacá [caridade] que doam em seu nome. Elas estão muito vivas. Não poderia ser de outra forma. A alma vive.

Somos informados que no futuro, após a chegada de Mashiach, haverá a Ressurreição dos Mortos.

O que é Techiyat Hametim? Significa a ressurreição do corpo; a alma não precisa ser ressucitada. A alma retornará ao seu corpo ressucitado.

Como você ressucita um corpo? Um corpo se desintegra. Ressurreição significa reconstruir o mesmo corpo, seus tijolos, colocar todas as partes no lugar, em ordem novamente. De que forma isto acontece? O corpo será recomposto por D’us como o fez com Adão e Eva no Gan Eden e os corpos nunca mais morrerão. O corpo ressucitado não terá nenhum elemento de morte nele. Viverá para sempre e a sua alma voltará e desfrutará da recompensa da ressurreição..

Para cada mitsvá que você pratica, quem ganha os créditos, a sua alma ou o seu corpo? Um corpo sem alma não pode fazer mitsvot. Uma alma sem um corpo não pode realizar mitsvot. A pessoa somente poderá ser recompensada quando ambos voltarem e permanecerem juntos, como quando realizou as mitsvot. A ressurreição simplesmente significa que toda alma que fez mitsvot terá que retornar ao corpo para receber sua recompensa.

E a respeito da recompensa nos Céus?

Essa é somente para a alma. Mas não é suficiente. Então, as almas no céu retornarão aos seus corpos na terra e receberão sua recompensa. Vejamos como isso realmente funciona.

O que é inferno?

Há uma parábola conhecida. Conta-se que certa vez um homem deixou sua família momentaneamente e partiu em uma longa viagem, já que não consguia sustento no local onde morava. Navegou em busca de fortuna em outro lugar. Atracou em uma ilha, exausto e desmaiou. Ao acordar avistou diamantes cobrindo toda a costa, espalhados em toda parte. Ele apanhou um punhado em seus bolsos e correu para o centro da ilha a fim de encontrar as pessoas e poder comprar mantimentos. Todos riram dele: “Aqui diamantes não tem nenhum valor; estão por todo lugar. Aqui usamos cebolas como moeda.“

Então ele viveu nessa comunidade e acumulou muitas cebolas tornando-se muito rico. Após alguns anos, resolveu que era hora de retornar para casa. Construiu um novo navio, encheu-o com sua fortuna de cebolas e partiu rumo ao seu lar. A viagem levou um mês, mas o cheiro ao desembarcar era terrível; parte das cebolas havia apodrecido. Ele não via a hora de encontrar sua família e mostrar quão bem sucedido ele havia se tornado. Eles olharam para a carga e falaram: “Isto fede, é horrível, o que você nos trouxe aqui?”

O mesmo ocorre com a alma. A alma desce para a terra. Nos céus ela sabia sobre diamantes, ao vir para baixo ela diz: “Vamos fazer coisas divinas!” e o corpo responde: “não tratamos de divindade aqui. Aqui lidamos com tomates, batatas, cebolas etc. Então, acostume-se a isto.”

Após anos, a alma sai do corpo e retorna ao mundo das almas no céu e exala cheiro de cebolas. Isto é o inferno. Quando a alma retorna ao mundo das almas e não cheira como uma alma, para ela é o inferno. Os fogos do inferno em que a alma queima é o fogo que a alma pode sentir. Assim a vergonha que sente pode durar no máximo doze meses. Ao permanecer no céu por doze meses esse cheiro desaparece. Ao final desse prazo a alma está limpa, ela se torna uma neshamá ao lado das neshamot, e agora senta-se no Paraíso.

Esses doze meses são basicamente um processo de purificação refrescante onde as almas se livram de suas cascas, dos cheiros do mundo físico. Recitamos o Cadish por onze meses a fim de suavizar esse processo. E não queremos insultar nenhuma alma sugerindo que precisariam de doze meses completos de purificação. Após esse tempo, a alma está em paz e confortável no paraíso.

Há almas que retornam ao paraíso após 120 anos e é como se nunca houvessem saído. Todas elas vão direto ao Gan Eden. Acho fascinante o período de luto no judaísmo. Primeiro os sete dias, depois um mês e então um ano. Os três primeiros dias, dos sete , são mais intensos do que os últimos quatro. Luto na Torá não significa sentir-se triste. Dor na Torá não significa estar sofrendo. A Torá nos diz pelo o que a alma dos mortos está passando. E ao sermos empáticos com os mortos, compartilhamos sua experiência. Quando a alma está em grande dor sofremos intensamente, quando sente-se mais confortável, lamentamos menos. Quando ela está constantemente confortável, então paramos de lamentar.

A tristeza não é sobre nós, é sobre a alma que partiu, que permanece em contato e compartilhamos a experiiencia da alma. Então a Torá nos diz que os primeiros três dias, quando a alma sai do corpo, a mudança é a mais intensa. Os próximos quatro dias são mais fáceis, e no final dos sete dias ela estabeleceu sua estabilidade no céu. E essa é a razão pela qual somos obrigados a levantar e colocar um final no período da shivá. Sentar shivá significa sete dias e nenhuma hora a mais.

Pois se você continuar a lamentar por conta própria, se vocie não está refeletindo sobre o que a neshamá está esperimentando, esse não é o verdadeiro sofrimento. Isso é sentir pena de si mesmo, pode ser bom, mas já não faz parte do ritual judaico; não é mais uma mitsvá.

Ao final dos 30 dias a alma deu mais um passo para entrar no céu. E no final dos 30 dias diminuimos nosso luto. Mais ainda no final do ano, quando a alma já está no céu. Portanto, é algo extremamente profundo sentarmos shivá demonstrando luto por um ente querido; é em consideração à experiência pela qual a alma está passando, e não por sentir pena de nós mesmos.

O Rebe falou algo muito profundo. Ele disse que há um costume em Pêssach quando as crianças entoam as quatro perguntas: “Tate ich vil freguen, fir cashes...”, endereçando as quatro perguntas ao seu pai. E o costume é que mesmo que seu pai já tenha falecido, e portanto esteja ausente no seder, você deve continuar a entoar “Tate...”

O Rebe explicou que apesar de causar muita dor à alma que já está no Céu fazendo-a voltar e se sensibilizar com o que está acontecendo na terra, quando seu filho quer fazer-lhe uma pergunta ele fará tudo para escutá-lo e dar-lhe uma resposta. Esse costume portanto, de dirigir-se ao pai mesmo após seu falecimento, significa que vale a pena para a sua alma experimentar mesmo o sofrimento para se reconectar com a terra a fim de responder à pergunta de seu filho.

O que é uma alma?

A alma é muito real. Vamos descrever a alma por um momento. O que é uma neshamá?

Quando D’us criou o mundo Ele criou coisas que nunca existiram: “Que haja luz, e foi luz...”, a qual nunca existiu antes. O mesmo ocorreu com o sol, a lua, estrelas, a água, tudo era novo, nunca existiram.

Uma alma judaica, divina, é um pequeno pedaço de D’us que sempre existiu, como D’us sempre existiu. Esse pequeno pedaço de D’us lógico é vivo como D’us Vive e ao qual agradecemos todas as manhãs, logo ao despertar por restituir nossa alma, “Mode ani lefaneicha Melech Chai Ve Caiam...” D’us é um ser vivo. Um pequeno pedaço Dele é um pequeno pedaço de vida. O que essa alma trás com ela?

Sabemos que D’us é bondoso, a alma é capaz de chessed/bondade. Sabemos que D’us capacitou a alma de inteligência. Nós sabemos que D’us pode ser rigoroso e severo, a alma tem a capacidade de justiça, de julgamento e até de raiva e ódio. Em outras palavras, a alma possui as dez faculdades com as quais D’us funciona como um Criador. A alma portanto possui inteligência e emoções. Isto é uma alma. Ela pode amar e odiar, entender e raciocinar, pode comunicar e assim por diante com suas dez faculdades.

A alma humana é similar, exceto que foi criada, e é mortal. Possuímos duas almas. Uma alma divina com dez funções divinas e uma alma humana com 10 funções humanas. Ao praticar um ato contrário à Torá, você se pergunta: “Eu sou judeu, por que estou fazendo isso?” Essas são suas duas almas raciocinando cada uma à sua maneira. A inteligência de sua alma divina, sua alma judaica, compreende as coisas sob uma perspectiva divina que para ela faz totalmente sentido. A alma humana entende as coisas sob uma perspectiva humana, divindade não faz sentido. O truque é a sua alma divina envolver a sua alma humana para que ela também possa apreciar o que é santo e divino. Dessa forma, quando uma alma sai de um corpo após 120 anos ela não tem um cheiro estranho. Ela volta ao Céu como se nunca tivesse partido. Na verdade, ela traz consigo a energia da alma humana que agora tornou-se sagrada.

Toda a vez que fazemos uma mitsvá levamos nossa alma humana a participar da santidade. Isso é chamado Tikun Olam, Conserto do Mundo. Quando você eleva a sua alma humana a apreciar o sagrado e divino, você eleva o físico à divindade, você transforma a terra em céu. E esse é todo o propósito pelo qual a alma está disposta a passar 120 anos em um corpo na terra.

Há uma bela analogia em uma parábola. Uma princesa saiu de seu castelo para casar e viver com um camponês em sua fazenda. Ele era muito devotado a sua esposa, mas após duas semanas do casamento ele notou que a princesa estava triste. Ele não queria lhe perguntar a razão para não aborrecê-la e pensou consigo mesmo o que possivelmente a deixava triste. Com a sua mentalidade de camponês ele presumiu que o que a fazia triste é que não havia suficientes batatas. Então ele trabalhou com mais afinco e trouxe para casa mais batatas. Mas ela não ficou mais feliz com isso. Ele pensou: “que bobo que eu sou, ela não gosta de batatas, ela gosta de tomates!” E trabalhou mais trazendo mais tomates para casa. Mas a princesa permanecia infeliz. Ele então começou a fazer consertos e embelezar a casa, mas a situação não mudava. Até que ele perdeu a paciência e resolveu confrontá-la: “O que há de errado com você? Estou lhe dando tudo o que um ser humano pode desejar, e como você não está feliz?”

Então ela respondeu: “ Fui criada no palácio. Lá haviam filósofos, professores e intectuais que derramavam palavras de sabedoria. Era um imenso prazer escutá-los. Estáva rodeada pelas melhores orquestras composta de músicos maravilhosos que se apresentavam. No palácio eu passeava pelos jardins reais com plantas exóticas do mundo intiero. Essas são as coisas das quais sinto falta. Sou uma princesa e quando vejo você tentando me fazer feliz trazendo-me batatas e tomates isso me faz mais infeliz, pois me dou conta de que você não faz a mínima ideia do que faz uma princesa sentir-se feliz...”

Esse é o dilema de uma alma divina em um corpo. A alma divina é uma princesa, o corpo é um marido muito devotado, mas um camponês. O corpo às vezes sente a tristeza da alma, podemos chamar de culpa, às vezes consciência ou uma busca por significado para encontrar a si mesmo. Na realidade, a alma está infeliz e o corpo está tentando agradá-la. Mas o que sabe um corpo? O corpo assume que batatas, tomates e afins fará a alma feliz. A alma torna-se triste. Então, qual é a solução?

Quando a princesa casou-se com o camponês, seu pai o rei, deveria ter enviado com ela pequenos pedaços do palácio, algumas coisas reais de modo que ao estar na fazenda a princesa sentiria-se de certa forma em casa, como uma princesa. E é isso que D’us faz conosco. Quando Ele envia a alma divina para baixo na terra Ele envia conosco pedaços dos céus: as mitsvot, a Torá. Quando praticamos mitsvot e dirigimos nossa casa de acordo com a Torá estamos importando partes divinas que nos mantém conectados com quem realmente somos. Então, mesmo vivendo dentro de um corpo em uma fazenda na terra, a alma pode sentir-se como uma princesa e sentir-se em casa. Esse é o mistério das almas vindo e retornando.

Essa é a justificativa para colocar uma delicada sensação de uma princesa em uma condição e lugar indelicado e insensível, mas no final a alma terá provado a si mesma seu potencial, encontrando um efeito benéfico em seu corpo. O corpo e a alma humana se refinam, pois há uma alma divina lá. Quando você conecta a alma humana e divina juntas isso gera um grau de santidade que nos permite ler e compreender a Torá, pronunciar as preces, gerar enorme santidade.

O Baal Shem tov disse que quando há dez judeus em uma sala os anjos temem entrar. Essa santidade transforma o mundo. Consertamos o mundo, tikun olam, por que o Criador do mundo tem um plano. É o Seu mundo. Ele possui uma visão de como deseja que ele seja e nó somos seus agentes e parceiros em transformar o mundo em Seu modelo pré estabelecido. Um mundo que O agrada, que O acolhe, onde Ele possa ter uma moradia no mais baixo dos mundos. Chegará um dia em que D’us será Um e o mundo será um com Ele. Mas isso depende de nossos esforços. Assim a alma ansia por retornar ao Céu, sente-se desconfortável em um corpo, mas ela sabe qual é a sua missão. Dessa forma ela segue praticando mitsvot, absorvendo santidade da Torá e compartilhando com a alma humana, com seu corpo e com o resto do mundo.

A alma entra no corpo não repentinamente, de forma chocante, mas em estágios, em incrementos, quarenta dias antes da concepção é lhe anunciado que ela deverá nascer. Será concebida. Esse é o motivo pelo qual um anojo declarou a Sara que nasceria um filho após um ano, “nessa mesma época”... Embora uma gestação dure apenas 9 meses. Mas a uma alma deve ser concedido um tempo para se ajustar a ideia do nascimento. Então, primeiro a alma é avisada para que possa se preparar. Mas ela não está entusiasmada com a ideia de deixar o paraíso, de tornar-se limitada, de ser restringida às limitações de um corpo humano, de compartilhar um corpo com uma alma humana que possui desejos humanos. Não é uma perspectiva atraente, mas se D’us manda, a alma se prepara. E esse é o primeiro passo.

O segundo passo, claro, é a concepção. O Rei David declarou como isso é incrivelmente lindo. Ele fala, “minha mãe e meu pai me abandonaram... D’us me me cuidou e me conduziu.” A Guemará diz que David não tinha a intenção de falar mal de seus pais, ele na verdade estava maravilhado, pois conseguia lembrar-se do modo pelo qual foi concebido.

Você é um ser pequeno, indefeso e está sozinho por que seus pais estão dormindo. Então a Guemará faz a seguinte descrição. A alma olha para o pai, ele está dormindo. Olha para sua mãe, e ela está dormindo e essa alma está atravessando o momento mais dramático, mais do que o nascimento, que é só transpassar alguns centímetros de um lugar para outro. Mas esse momento, da concepção vai de zero à sessenta! O feto está olhando ao redor para ver quem está no comando, quem está fazendo baby sitting, mas seus pais estão dormindo. Então encontra algo que a tranquiliza: a presença Divina, que o conforta pelo fato de que D’us estava lá enquanto seus pais estavam dormindo.

Em outro lugar no livro dos Salmos David diz “Mesmo se eu for ao Vale da Sombra da Morte não terei medo, pois Você está comigo.” A Guemará descreve o que é o Vale da Sombra da Morte e por que o Rei David continua indo lá. Ok, David, você não tem medo [por que D’us está ao seu lado] mas então não vá até lá! Mantenha-se longe desses lugares. Mas por que David está nos descrevendosobre sua experiência?

Então a Guemará explica que David está falando sobre cada alma que nasce. Que toda alma percorre o caminho do Vale da Sombra da Morte, e esse é o processo do nascimento. O vale é aquele espaço em branco entre a vida no ventre e a vida fora do útero. Esse é o vale, um toque de perigo e de morte.

Então, como cada feto vem a esse mundo e sobrevive a esse trauma? Ele sente a presença do Altíssimo. D’us está lá para ajudá-lo a passar por essa experiência. Assim, o Vale da Sombra da Morte nada mais é que um processo que permite que as pessoas, que viveram uma experiência de quase morte, possam reviver seu nascimento. É como um flashback e é o que nos permite sobreviver. Estamos conscientes de que D’us estava lá.

Então de onde vem a nossa fé em D’us? Não possuímos argumentos, não podemos prová-la, e nem precisamos! Basta lembrar que D’us estava ao nosso lado quando mais precisávamos Dele. Há vida após a morte: o que morre está morto (o corpo) e o que está vivo, vive (a alma). As emoções, memórias, relacionamentos, sabedoria, as dores e prazeres, todos vivem pois são aspectos da vida, o DNA da alma.

As pessoas que experimentaram a quase morte, descrevem que passaram por um túnel escuro, com uma luz ao final. Há um anjo. Há outros. Todos brancos pedindo-lhe para entrar na luz. Você reconhece esse quadro. Você está nascendo. Você está passando por um túnel escuro e há esse cara vestido de branco ou verde pálido, pedindo para você sair por que ele não quer ser processado. O trauma também traz à memória da confiança e do conforto que você sentiu ao perceber a presença de D’us. Quando a alma sai do corpo ela passa pelo processo inverso que não deixa tudo instantaneamente ou completamente. Ela não quer dizer adeus. Então ela se separa do corpo em estágios: 3 dias, 7 dias, 30 dias, um ano. A própria Torá nos diz isso para que a nossa própria existência se expanda. Sabemos o que acontece, mesmo que não possamos ver. Nossos horizontes são muito mais amplos, muito maiores e o mundo necessita saber essas coisas. Nós como povo judeu temos a obrigação de ser uma luz para as nações, compartilhar com elas esse conhecimento, pois sabemos coisas que não podem ser vistas. Faz sentido, nosso tempo está acabando.


É fundamental saber (nota desse site):

No judaísmo é proibido a cremação dos corpos para judeus, mesmo se esse for o desejo do ente falecido. Ao mesmo tempo em que a alma passa por estágios lentos de elevação e adaptação rumo ao seu destino no céu, o corpo deve estar em perfeita harmonia, no mesmo ritmo: gradualmente se decompondo, “ao pó retorna”. A cremação causa um sofrimento sem precedentes à alma.