Montana deveria ser o estado mais protegido da União. Não por causa das armas, mas por causa das nossas mezuzot!

O único rabino ortodoxo de Montana procura lembrar aos judeus que D'us é a suprema proteção do lar num estado em que muitas pessoas acreditam que essa segurança começa com um revólver.

A pequena população judaica de Montana está espalhada num estado enorme que tem mais rodeios que rabinos, mas um homem está percorrendo milhares de quilômetros para procurar judeus, porta a porta.

Rabino Chaim Bruk pretende assegurar que cada lar judaico em Montana tenha uma mezuzá na entrada – e que aquelas que já existem sejam casher. O único rabino ortodoxo de Montana vê o projeto como uma forma de conectar os judeus às suas tradições. Ele diz que as mezuzot – pequenos pergaminhos com versículos bíblicos escritos, enrolados em estojos com 10 cm e colocados nos batentes das portas – são um lembre de que D'us é a suprema proteção do lar, num estado onde muitas pessoas acreditam que essa segurança começa e termina com um revólver.

“Sou jovem, tenho 31 anos, e uma longa vida à frente – se D'us quiser – e espero visitar todas as casas,” diz ele. “Montana deveria ser o estado mais protegido da União. Não por causa das armas, mas por causa das nossas mezuzot. Seremos protegidos pela Segunda Emenda e pelas mezuzot.”

Depois que sua avó faleceu pouco antes de Pêssach aos 90 anos, Bruk quis cumprir uma mitsvá – uma boa ação religiosa – para honrar sua memória. Então o co-diretor do Chabad-Lubavitch de Montana conseguiu fundos com um parente para comprar as primeiras 200 mezuzot a serem colocadas de graça.

Bruk diz que tem visitado centenas de lares judaicos em Montana e com muita frequência nota que ou elas não têm mezuzot ou que aquelas que ali existem não estão de acordo com à Lei Judaica. Ele disse que encontrou textos escritos em papel em vez de pergaminho, e estojos pendurados sem os versículos dentro.

Sua missão é ambiciosa, num estado com mais de 200.000 Km2 e uma população judaica estimada em 1.350, conforme senso de 2010. Bruk zomba desse número, que ele acredita ser na verdade maior que 3.000. Ele colocou mais de 30 mezuzot em menos de 5 semanas, viajando de Whitefish perto do Glacier National Park até Dillon, na parte sudoeste do estado. Conseguiu a ajuda de dois estudantes rabínicos que estão viajando nas partes central e nordeste de Montana.

Bruk consegue as informações na mídia social, e-mails e em seu website. Ele também faz contato com aquelas casas em que sabe não haver mezuzot. Foi assim que Bruk foi instalar uma mezuzá na casa de Jake Matilsky na semana passada. Matilsky mudou-se para Helena vindo de Boston há cerca de um ano, e conheceu Bruk por acaso indo aos jantares de Shabat na casa do rabino em Bozeman.

“Recebi um telefonema. ‘Jake, você tem uma mezuzá na sua porta?’
‘Não, não tenho.’
‘Jake, você precisa de uma mezuzá na porta.’ E aqui estamos hoje,” disse Matilsky no último domingo.

Bruk recitou uma bênção enquanto Matilsky pressionava o estojo transparente contra o batente de sua porta, dando ao adesivo tempo para grudar na madeira.

Bem a tempo para a chegada de sua família vinda de New Jersey, diz Matilsky: “Agora você ficará muito orgulhoso, sua mãe verá sua mezuzá,” diz Bruk.

Bruk recebeu sorrisos e recusas quando ele e sua esposa, Chavie, se mudaram da cidade de Nova York para Montana em 2006. Seu status de peixe fora d’água provocou histórias em jornais de Jerusalém a Nova York, onde o Post o chamou de “cowboy casher”.

Aquela atenção teve o efeito de atrair pessoas curiosas sobre sua mensagem e seus programas, que incluem certificados casher para produtores de alimentos em Montana.

Ele encontrou em Montana judeus que estão “sedentos” pelo Judaísmo tradicional, diz ele: “Isso abriu muitas portas, porque as pessoas estão simplesmente intrigadas,” diz ele. “Nosso lema tem sido dar os primeiros passos. Não estamos aqui para tornar as pessoas ortodoxas. Estamos aqui para fazer as pessoas se sentirem confortáveis com seu estilo de vida tradicional judaico.”