Neste mês temos dois dias de jejum, 17 de Tamuz e 9 de Av, então vejamos o significado de um jejum.
De todos os nossos dias de jejum, o único mencionado na Torá é o de Yom Kipur – o Dia da Expiação. Todos os outros estão associados com alguma catástrofe histórica de nosso povo. O fato de louvar o triste evento histórico é por si mesmo notável; um costume raramente encontrado em outras nações. Porém, nós “celebramos” nossos eventos trágicos.
O motivo é simples. Nosso relacionamento com D’us é comparado ao existente entre pai e filho. Nós o encontramos na Torá: “Vocês são filhos de D’us, o seu D’us.” Filhos às vezes cometem erros, e o pai frequentemente se vê obrigado a castigá-los. Quando um pai pune o filho não o faz porque o odeia, mas sim por amá-lo e desejar que seja bom e correto. Um filho sábio não odiará o pai por puni-lo devido a um erro, embora quando é aplicado, o castigo seja “desagradável”. Ele refletirá seriamente sobre a ofensa causada ao pai pelo seu erro e vai tentar melhorar e assim conseguir maior afeição e amor por parte do pai.
Da mesma forma, entendemos que os problemas e sofrimentos que tivemos no passado, e estamos também sofrendo no presente, são “uma punição de Nosso Pai, Nosso Rei”. É por isso que temos uma prece especial nos dias de jejum, começando com “Nosso Pai, Nosso Rei, pecamos contra Ti.” Nosso jejum é a expressão de arrependimento pelo erro; é um tempo para séria reflexão, exame de consciência e arrependimento. É um tempo para tomar a firme resolução de jamais repetir os mesmos erros e transgressões que levaram à destruição do nosso Templo e da nossa Terra. É a hora de retornar sinceramente a D’us e à nossa Torá.
Ao observarmos corretamente nossos dias de jejum, viveremos para celebrar nossas festas em nossa própria Terra, “como nos dias do passado e nos tempos antigos.”
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