Você conhece as regras do sevivon? Você gira um pião com quatro letras hebraicas. Um Gimel ganha todo o prêmio, com um Hei você pega a metade, Nun nada ganha e com um Shin você tem de pagar. Além do significado cabalístico inerente por trás desse método, há a origem yidish prática. Gimel representa Gantz, significando tudo. Hei é Halb, significa metade. Nun representa Nisht ou nada. E Shin é por Shtell arein, ou coloque.
Estes são quatro formas básicas de ser, dependendo da pessoa, do seu período na vida, ou do dia em particular. Todos nós temos nossos dias Gimel. É quando sentimos que tudo está indo bem e vai ficar sensacional. (Já faz algum tempo, não?) Temos nossos dias Hei, quando as coisas estão indo mais ou menos bem. Nun e Shin não precisam de explicação.
Porém cada uma dessas letras representa apenas uma face do sevivon – apenas um ângulo ou perspectiva do todo.
O que as letras dizem? Qual é o “todo” do Sevivon? Nes Gadol Hayá Sham, “um grande milagre aconteceu ali”. Isso se refere ao grande milagre de Chanucá que ocorreu na Terra Santa. A situação ali parecia difícil e sem esperança. Eles estavam definitivamente tendo um dia Shin. O comprometimento de algumas pessoas mudou a situação (como um sevivon) e provocou o milagre e a salvação de D'us.
Os Macabeus não se prenderam ao fato de que estavam sendo oprimidos e perseguidos. Eles se concentraram no Gimel que estava no outro lado do Shin. E então agiram para criar um veículo para um milagre Divino.
É vital lembrar que qualquer que seja a letra que estamos tirando num determinado ponto da vida, tudo faz parte de um sevivon. E aquele sevivon está nos dizendo que milagres acontecem. Podemos transformar as situações sombrias da vida na luz brilhante da Menorá de Chanucá. Isso depende da nossa fé no plano de D'us, e em nosso compromisso de criar um veículo para o milagre.
O Sevivon na Bíblia
Baseados neste tema encontramos uma fenomenal “coincidência” com essas quatro letras do Sevivon. O primeiro lugar onde essas letras ocorrem como palavra na Torá é na Parashá de Vayigash (Bereshit 44-47, sempre em proximidade com Chanucá), onde eles escrevem a palavra Goshna, que significa “para Goshen”.
O Patriarca Yaacov estava enviando seu filho, Yehuda, à cidade egípcia de Goshen, para estabelecer uma casa de estudos, antes de Yaacov e toda sua família. Nosso patriarca estava consciente de que esta seria uma assustadora descida ao exílio. Mas ele olhou para todas as letras do sevivon, e percebeu que ocultas no exílio estão as sementes da redenção. O estudo deve continuar, especialmente no exílio. Enquanto pudermos reter a informação Divina vital, o exílio não pode nos dominar. E nosso estudo e desempenho se tornam o veículo para a suprema redenção.
Isto é semelhante à origem do sevivon. Segundo a tradição, durante os tempos de opressão grega o estudo de Torá era proibido. Quando as crianças estavam estudando, tinham um sevivon por perto para tirá-lo e jogar caso fossem descobertas. Naquele tempo, os estudantes podem ter pensado que o jogo era uma distração de seu verdadeiro objetivo na vida. Mas na verdade, D'us oculta Seu semblante para atrair nosso compromisso e conexão com Ele. Trata-se de revelar o Divino nos locais menos prováveis. É isso que é um milagre.
O sevivon foi a fórmula para atrair a verdade subjacente na alma judaica.
O Sevivon e Mashiach
Se você acrescentar a guematria (o valor numérico hebraico) das letras do sevivon, soma 358 (Nun=50 + Gimel = 3 + Hei = 5 + Shin = 300, igual a 358). Este é o mesmo valor de Mashiach (Mem=40 + Shin=300 + Yud=10 e Chet=8 = 358). Quando Mashiach vier, ele ensinará cada indivíduo como ver o propósito Divino em toda faceta da vida. Até o tempo do exílio e trevas será iluminado.
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