Pergunta:
O holocausto não teria sido um castigo pelo comportamento, uma punição pelas falhas daquela geração?

Resposta:
Existem pessoas que sugerem que o Holocausto foi um castigo pelos pecados daquela geração. O Rebe rejeita totalmente esta opinião. Ele declarou: (Sefer HaSichot 5751 vol. 1 pág. 233): A destruição de seis milhões de judeus de uma maneira tão horrível que chegou a superar a crueldade de todas as gerações anteriores não poderia ser devido a uma punição por pecados cometidos. Nem mesmo o próprio Satã poderia encontrar um número suficiente de pecados que provocasse tamanho genocídio!

Não há absolutamente uma explicação racional para o Holocausto, exceto pelo fato de que foi um decreto Divino… por que aquilo aconteceu está além da compreensão humana – mas certamente não foi por causa de punição pelos pecados.

Pelo contrário: todos aqueles que foram assassinados no Holocausto são chamados ‘Kedoshim’ – sagrados – pois foram mortos pela santificação do nome de D’us. Como eram judeus, somente D’us poderá vingar seu sangue. Como dizemos no Shabat, na prece Av Harachamim: "as sagradas comunidades que deram a vida pela santificação do Nome Divino… e vinga o sangue derramado de Teus servos, como está escrito na Torá de Moshê… pois Ele vingará o sangue de Seus servos… E nas Sagradas Escrituras está escrito: "… Que seja conhecido entre as nações, perante nossos olhos, a retribuição do sangue derramado de Teus servos." D’us descreve aqueles que foram santificados como Seus servos, e promete vingar o seu sangue.

Tão elevado é o nível espiritual dos Kedoshim – mesmo desconsiderando seu padrão em cumprimento de mitsvot – que os Rabinos dizem sobre eles: "Nenhuma criação pode ficar em seu lugar." Quanto mais, então, sobre aqueles que morreram no Holocausto, muitos dos quais, como se sabe, estavam entre os mais notáveis eruditos de Torá e judeus religiosos da Europa.

É inconcebível que o Holocausto seja considerado um exemplo de punição pelos pecados, em especial quando se dirige a esta geração, que como foi mencionado antes é "um facho arrancado do fogo" do Holocausto.

Em resumo, pode-se apenas aplicar as palavras de Yeshayáhu: "Meus pensamentos não são teus pensamentos, e Meus caminhos não são teus caminhos." (Yeshayáhu 55:8)