Por Iehiel Moscovich – Vol. 3
No Midrash da Parashá dessa semana é relatada a sequência de acontecimentos que levou Adam (Adão) e sua esposa Chavá (Eva) a comer da Etz Hadát (árvore do conhecimento).
No começo, a cobra perguntou a Chavá se D'us lhes havia proibido comer os frutos de "todos" os tipos de árvores, e Chavá respondeu que todos eram permitidos exceto da Etz Hadát, pois D'us havia advertido que caso os frutos da árvore fossem comidos, ou se a árvore fosse tocada, poderia levar à morte.
Quando a cobra escutou isso, empurrou Chavá contra a árvore, e lhe disse : "Viu? Você não morrerá", e assim a convenceu.
O Midrash também explica, que o erro de Chavá, foi acrescentar algo à ordem de D'us. A proibição era apenas comer da fruta, e ela agregou uma proibição de tocar na árvore, e com isso criou um meio de a cobra enganá-la, e depois Adam também.
Os sábios dizem, que esta falha ocorreu, por Chavá não ter escutado a ordem diretamente de D'us, mas de uma segunda via, Adam. Pois caso houvesse escutado diretamente da "boca" de D'us, não somente não teria pecado e convencido seu marido, mas tomaria extremo cuidado para que não houvesse chance de nenhum dos dois pecar.
Por isso no Har Sinai, Hashem ordenou que a Torá e as mitsvot fossem repassadas primeiro às mulheres e depois aos homens. Para que assim as mulheres garantissem o cumprimento de Torá e mitsvot por todas as gerações, e dessa forma também corrigissem o pecado do Etz Hadát. A virtude da mulher que a faz especial e lhe dá a força deriva de sua origem que difere da do homem. O homem foi criado da terra enquanto que a mulher foi criada da costela, do próprio corpo de Adam.
Isso nos mostra a importância de educar as meninas para que tenham o judaísmo gravado em seus corações e tenham prazer em cumprir a Torá e as mitsvot. Dessa forma criará uma base para toda a vida da mulher que lhe permitirá depois construir um lar judaico e incentivar seu marido e filhos a permanecerem no caminho da Torá.
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