16 de Adar 5711 (1951)

Saudações e bênção

Recebi sua carta de 16 de maio. A seu pedido, apressei-me a responder, embora grande quantidade correspondência anterior ainda não tenha sido tocada.

Em primeiro lugar, desejo corrigir uma atitude errada de sua parte como está expressa na carta, no sentido de que você pôs sua fé em mim e na minha promessa. Um judeu deve colocar sua fé somente em D’us, Criador e Mestre do universo, que guia todos os destinos, que cura os doentes e é a Fonte do Bem.

Como D’us é bom, Ele deseja que todos, especialmente os judeus, sejam felizes. Ocorre, no entanto, que com nossos olhos humanos, não podemos ver e entender Seus caminhos. Porém devemos ser firmes em nossa fé de que somente o bem pode vir do bom D’us, e que o bem terminará por surgir.

Na verdade, eu deveria ter usado palavras de censura mais fortes com respeito à sua atitude de colocar sua fé inteiramente num ser humano. No entanto, percebendo o coração sofrido de uma mãe cujo filho está doente, e pessoa alguma pode ser totalmente responsável quando está sofrendo, eu gostaria de repetir aquilo que disse ao seu marido, o Rabino, e que pedi a ele para lhe transmitir: seja forte em sua fé em D’us, que não conhece obstáculos ou limitações, que Ele certamente enviará Sua ajuda, e que você terá muitos nachas (prazer) por sua filha e a levará à Chupá.

Como eu disse a seu marido, esta firme fé em D’us é o melhor meio de apressar a cura de sua filha. Seja confiante e animada, e ajude a animar os outros participando nos preparativos para um farbrenguen chassídico (reunião) nas ocasiões apropriadas, e outras ocasiões inspiradoras como essa.

Com bênção,