25 de Elul, 5724 (1964)
Saudações e bênçãos,
Recebi sua carta de 16 de Elul. Creio já ter escrito a você antes, tanto a respeito de esforços para influenciar outros, como também a ajudar-se; é bom consultar amigos tementes a D’us, especialmente porque eles têm experiência nesses assuntos. Quanto à sua pergunta sobre livre arbítrio, o Rambam explica longamente este tema nas Leis de Teshuvá (Arrependimento), capítulos 5 e 6. O significado do livre arbítrio é simplesmente que uma pessoa é livre para agir, falar e pensar, e sempre tem a opção de fazer ou não o bem.
Assim, também está enfatizado na Torá: "Veja que coloquei diante de ti, etc. – escolha a vida." Não há contradição entre o livre arbítrio humano e a Sabedoria Divina, pois o oposto do livre arbítrio não é o conhecimento, mas a compulsão. Em outras palavras, a Sabedoria Divina de forma alguma afeta a liberdade humana, e não a obriga.
Uma das ilustrações que tornarão mais fácil entender este assunto é aquela de uma pessoa que é clarividente, e pode prever acontecimentos no futuro, ou um psicólogo que conheça muito bem um amigo e pode prever suas reações, embora limitado a um curto período de tempo. Evidentemente, este conhecimento antecipado não afeta o evento e as ações que ocorrerão. Porém D’us é ilimitado em tempo e conhecimento, e Sua sabedoria se estende a todos os tempos e locais, mas nunca afeta a liberdade das ações humanas. Anexei uma cópia de minha mensagem geral de Rosh Hashaná deste ano. Nela você encontrará respostas também para algumas de suas questões. Desejando-lhe um Kesivo veChasimo Toiva [que você seja inscrito e selado para o bem].
Com bênçãos,

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