Recentemente uma mulher conversou comigo sobre freqüentar workshops cujo tema é a educação dos filhos. Ela disse: "Parei de ir a estes workshops há três anos. Sempre que eu ia a um deles ficava muito inspirada. Então chegava em casa e tentava implementar tudo aquilo que me tinham ensinado, mas para mim não funcionava. Eu caía de cara no chão e terminava me aborrecendo comigo mesma. Eu me sentia inadequada e ineficaz. Tudo que estes seminários me ensinaram foi aquilo que eu não faço, e a saber que tipo de mãe eu não sou."
Expliquei a ela que a meta da vida não é a perfeição. O que estamos tentando fazer é pegar uma ou duas coisas que podemos melhorar, e fazer algumas pequenas mudanças. Como diz o famoso adágio: "Uma jornada de mil milhas começa com um passo na direção certa."
Precisamos entender que não podemos percorrer mil milhas num único grande passo.
Não somos treinados para ser mãe, esposa, marido, etc. O fato de darmos à luz nossos filhos não faz de nós uma mãe profissional, assim como comprar um violino não nos transforma em um violinista. É a prática constante no decorrer dos anos que nos torna melhores mães e uma pessoa melhor à medida que prosseguimos em nosso caminho.
Uma maneira de conseguir isso é estabelecendo para nós mesmos metas pequenas, passíveis de atingir. Como são mudanças pequenas, temos mais probabilidade de consegui-las. Fazer pequenas mudanças positivas na direção certa nos fará, em retorno, mais orgulhosos de nós mesmos – em vez de nos sentirmos mal a nosso respeito quando deixamos de dar aqueles saltos de mil milhas.
Quando estivermos mais confiantes em nós mesmos como pais, conseguiremos ser mais bem-sucedidos na tarefa mais importante que D’us nos confiou.
Rabi Shalom DovBer de Lubavicth (o Rebe Rashab) – 1860-1920) costumava dizer que "Assim como um judeu tem a obrigação de colocar tefilin todos os dias, igualmente importante é dedicar meia hora diária pensando sobre a maneira de educar nossos filhos corretamente."
Se fizermos isso – passar meia hora por dia, sem falhar, pensando sobre a criação de nossos filhos – certamente encontraremos uma pequena mudança para melhor, que podemos implementar com sucesso.
Ora, imagine então se fizermos isso todos os dias de nossa vida…
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