Pergunta:

Eu entendo que antigamente era comum acender a chanukiyá na entrada de casa, voltada para a rua. Hoje em dia, isso não é mais comum, e a maioria das pessoas coloca a chanukiyá na janela. Desta forma todos podem enxergá-la.
Então, por que algumas pessoas insistem em colocá-la na entrada da porta de casa?

Resposta:

Você está certo. O lugar ideal para a chanukiyá - onde foi colocada na época do Talmud - é na porta de entrada da casa, de frente para a rua. No entanto, as duras realidades da Diáspora, tanto sociopolíticas quanto meteorológicas, forçaram a chanukiyá a ficar dentro de casa, e o costume se desenvolveu em algumas comunidades de colocá-la no parapeito da janela. Ainda outra tradição amplamente difundida, seguida também pelos Rebes de Chabad - e, portanto, os chassidim de Chabad - é colocá-la ao lado da porta principal de entrada da casa. Por quê?

Vários motivos foram sugeridos ao longo dos anos para persistir em manter a chanukiyá na porta de entrada. Um fator pode ser que o Talmud descreve a mezuza no lado direito e a chanukiyá no lado esquerdo, cercando-nos de mitsvot. Muitos discursos chassídicos expõem a importância desse layout, o que não pode ser alcançado na janela.

Existem vantagens práticas, também, que o Rebe, de abençoada memória, abordou em um adendo a uma carta datada no último dia de Chanucá em 1969:

  • Para que a luz da chanukiyá seja visível para quem está do lado de fora, ela deve estar a menos de 20 cúbitos (menos de 32 pés) do solo. Como as janelas dos moradores dos andares superiores costumam ser muito mais altas do que isso, colocar a chanukiyá na janela não serve para aqueles que estão do lado de fora. E aqueles do lado de dentro são melhor servidos por uma chanukiyá ao lado da porta principal de entrada da casa, já que a encontrarão lá sempre que passarem por ela.
  • Muitas menorot tradicionais têm chapas que a encobrem atrás. Ao colocar a chanukiyá na janela voltada para a rua, as pessoas em sua casa não poderão enxergar as velas,; entõa, o que ganhariam colocando-a na janela?
Fonte: Likutei Sichot, vol. 5, pág. 456.