Enxertos de artigos publicados na Resenha Judaica, 1997 e na Semana Judaica, 2001/2002

“A assimilação é o esforço consciente de uma pessoa em ser igual ao seu meio, por causa disso a cada ano o povo judeu perde milhares de pessoas; um derramamento nacional de sangue”.
- Rabino Yechezkel Sofer

Segundo o rabino os culpados são os pais e a educação descompromissada com o judaísmo que transmitem a seus filhos. “Tentando dar uma educação moderna, onde o individualismo impera, os pais esquecem de transmitir valores judaicos, que além de privilegiar o nacional, a comunidade como um todo, trazem uma ética, uma moral como modo de vida.” Acabam buscando com grande ânsia os valores materiais, os prazeres imediatos como forma de vida, destaca o rabino.

“Tudo isso é um engano, a vida ultrapassa estes valores, a sua verdadeira essência está sendo esquecida, o judaísmo, o lado espiritual”.

Mas se engana quem pensa que a assimilação é o último passo para fora do judaísmo. De acordo com o rabino, a perda de identidade está causando uma consequência ainda pior. “Um processo lento e inconsciente, porém fulminante.” A questão é complexa e continua em aberto. Se a conciência de cada um não for despertada, qual sera o próximo passo para fora do judaísmo?

Fé Incondicional

Na opinião do Rabino Shabsi Alpern, “o segredo de nossa sobrevivência é e sempre será a força imutável da alma Divina dentro de nós. Embora possamos questionar e ser atormentados pela força do mal, não vacilaremos. Permaneceremos sempre fortes em nossas crenças e convicções. Todo judeu tem essa fé incondicional, lutemos incesantemente para despertar esse espírito por vezes adormecido.

Conforme o rabino destaca, “perdemos mais gente devido à assimilação do que no Holocausto e outras perseguições. A partir do momento que os pais não ensinam e, principalmente, não praticam o judaísmo na sua forma original e imutável, o resultado tão triste é inevitável. Que isto nos acorde para trasnmitir judaísmo puro a nossos jovens e parar de ‘facilitar’ e ‘cortar’ a nossa herança, pois estas atitudes já falharam, como apontam os dados. Somente o judaísmo autêntico pode garantir a continuidade do povo judeu.”