Condensado de um artigo de Rabi Levi Liberow

A lâmpada é uma invenção importante, que ilumina nossas vidas e melhora nossa qualidade de vida.

Embora a história atribua a invenção da lâmpada incandescente a Thomas Edison, historiadores listam 22 inventores das lâmpadas antes de Edison. E, obviamente esses cientistas não criaram as propriedades da eletricidade e física do vácuo. Eles apenas domaram alguns dos recursos naturais que D'us colocou neste mundo para o benefício da humanidade.

Mas Edison recebe os créditos porque foi capaz de desenvolver um material adequado para o filamento e um meio de criar um vácuo no qual a luz poderia acender.

Podemos encontrar muitas semelhanças entre o desenvolvimento da lâmpada e a maneira pela qual o ensinamento chassídico e a dimensão mais profunda da Torá foram revelados a nós, leigos.

A dimensão interior da Torá também brota de propriedades originárias do Sinai. Porém foram necessários muitos séculos para que se tornasse um componente vital da vida judaica.

Este fenômeno foi “observado” por Rabi Shimon bar Yochai mas permaneceu oculto até dos sábios durante muitos séculos. Então foi “redescoberto” pelos cabalistas da era medieval, e finalmente esclarecido e refinado pelo Arizal a fim de ser passado à comunidade dos sábios para que usassem essa sabedoria – como lâmpadas – para iluminar suas próprias vidas e salas de estudo, embora ainda não revelado para as massas.

Somente em 1698 o Baal Shem Tov veio a este mundo com a missão de finalmente inventar a “lâmpada” da Chassidut. Ele desenvolveu um modelo que estava então sendo manufaturado por seus muitos alunos, que se tornaram faróis em suas respectivas regiões, e atraíram milhares de seguidores que puderam se beneficiar de sua luz e calor.

Subsequentemente, em 1745 veio Rabi Shneur Zalman de Liadi, o líder que tornou aquela “lâmpada” disponível a todo judeu, independentemente de seu conhecimento anterior ou afiliação. Ele proveu um manual fácil de como usar a “lâmpada” para iluminar nosso pensamento, palavras e ações e trazer calor e alegria a toda experiência judaica.

Assim como ocorreu com a lâmpada, os fatores que transformaram a nova invenção a se tornar mais útil a todos foi um material incandescente e um vácuo mais alto. O Baal Shem Tov reconhecia a alma Divina que está latente em todo judeu, especialmente os mais simples, o material que lhes permite concretizar seu potencial como chamas ardentes e luminárias. O vácuo que permite à luz dos ensinamentos chassídicos brilhar e ser mais eficaz são as gerações que antecedem a vinda de Mashiach, que são espiritualmente dormentes – a intensa escuridão antes do amanhecer.

Este modelo é “economicamente viável”, porque D'us deu a todo judeu uma missão, e a Chassidut nos ensina como direcionar nossa energia e talentos presenteados por D'us rumo àquela missão.

Até que a lâmpada fosse inventada, as pessoas conseguiram passar pela vida. Hoje, a vida moderna confia tanto nela que não é mais um luxo, mas um bem e parte inseparável na vida de cada um. A Chassidut também no início era um luxo ao ser revelada. Mas atualmente os desafios espirituais e oportunidades que surgem não seriam bem administrados se não fosse pela compreensão e aplicação prática da Chassidut.

A lâmpada incandescente está sendo substituída por fontes de luz mais fortes e duradouras como lâmpadas LED. A Chassidut, também, é apenas uma “prova” da Torá de Mashiach” que logo poderemos desfrutar em sua totalidade. A boa notícia é que está realmente perto, e tudo que devemos fazer é abrir nossos olhos e acionar um novo e permanente ponto de luz, sem necessidade de interruptores. Esta será a mais potente, intensa e permanente.