Shternie Ginsberg, uma conhecida minha dos EUA, tem uma regra em casa: nada de "junk food". Em certas ocasiões como Shabat são servidos alguns doces, mas as festas não giram em torno do açúcar. Mas em Purim, a política em sua casa é: coma o que quiser. As crianças podem consumir as guloseimas que desejarem. Se não se sentirem bem depois - bem, esta também é uma experiência de grande aprendizado.

Após Purim, quando Shternie perguntou às crianças qual havia sido a melhor parte da Festa, ela tinha certeza de que pelo menos uma ou duas delas responderiam: Chocolate. Chicletes. Pirulitos. Balas. Mas uma das crianças respondeu: "Minha parte favorita de Purim foi de manhã, quando você e o papai ficaram rindo e falando coisas engraçadas na cozinha."

Algumas das outras crianças exclamaram: "Ah sim, também para mim essa foi a melhor parte."

Essa foi a parte favorita para as crianças? E as guloseimas, os concursos de fantasias, a música alta na rua e a festa que a família havia organizado no Lar dos Velhos? Foi aí que Shternie percebeu: não há nada mais precioso para as crianças do que a união dos seus pais.

Shternie e seu marido são como qualquer outro casal. Têm listas de afazeres, se estressam; o carro quebra, o freezer pára de funcionar com quilos de carne dentro e faltam alguns dólares para poderem pagar as últimas contas do mês. As coisas acontecem e eles lidam com elas. Nem sempre é possível ficar rindo e falar coisas engraçadas na cozinha. Porém, o coração de uma criança se sensibiliza quando vê que seus pais se dão bem e se ajudam.

De fato, não há nada que um filho deseje mais do que ver seu pai e sua mãe rindo juntos. Nada no mundo é mais doce para ele; nem mesmo guloseimas.