Em 13 de maio de 2013

Durante uma viagem do primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu a China para empreender um esforço a fim de incrementar o comércio bilateral entre os dois países, ocorreu uma cena na Sinagoga Ohel Moshê em Shangai alterando um pouco o cenário.

Após anos de estudantes rabínicos Chabad visitarem a cidade durante feriados e no verão, o Chabad-Lubavitch de Shangai foi oficialmente estabelecido em 1998 sob a diretoria de Rabi Shalom e Dinie Greenberg.

Hoje, três centros Chabad atendem a mais de 3.000 judeus que moram ali. Numa reunião noturna na segunda-feira 6 de maio, com 400 israelenses e alguns moradores locais que representam as companhias israelenses que operam na China, Netanyahu elogiou Shangai. “Essa cidade representa o futuro,” disse ele, “da China e do mundo inteiro.”

Além dos três centros Chabad, há dois restaurantes casher e o único serviço de abastecimento casher na cidade. Ao planejar a visita a Shangai, o assistente do primeiro ministro entrou em contato com o Chabad para providenciar comida casher; foram fornecidas três refeições ao dia para a delegação durante a visita.

Na manhã da terça-feira, Netanyahu encontrou-se novamente com os shluchim Chabad durante uma visita aos locais judaicos na cidade, dessa vez na Sinagoga Ohel Moshê - referência histórica e um tesouro arquitetônico oficial de Shangai.

“Enquanto a maior parte do mundo fechava suas portas aos judeus 70 anos atrás, Shangai estava entre os poucos locais que abriram seus portões.” disse o primeiro ministro, referindo-se aos 30.000 refugiados que encontraram um lar ali durante a Segunda Guerra.

A renovação da antiga sinagoga foi patrocinada pelo governo de Shangai, obedecendo aos desenhos arquitetônicos encontrados nos arquivos. Hoje, funciona como museu, e um local para casamentos e outros eventos judaicos importantes.

Mas não há serviços diários, o que foi mencionado quando o filho de Netanyahu, Avner, perguntou a Rabino Avraham Greenberg, co-diretor do Chabad-Lubavitch de Pudong, se ele tinha tefilin - as caixas rituais colocadas no braço e cabeça durante a reza - pois ele aparentemente não teve a chance de rezar naquela manhã. Greenberg encaminhou-o ao centro da sala, aos objetos pessoais do rabino.

Porém mais uma vez, como ali não são feitos serviços regulares de preces, não pode ser encontrado nenhum sidur, livro de preces. Então o engenhoso formando da 12ª série pegou seu smartphone e fez uma ligação.

Ele rezou durante o serviço inteiro, enquanto as câmeras dos jornais chineses filmavam, seguindo cada movimento seu: cobrir os olhos para o Shemá, dar três passos para trás e depois para a frente para a prece Amidá.

Mesmo durante a agitação que roubava a atenção da mídia, o adolescente não parecia inquieto, alheio àquilo que o cercava.

Após terminar suas preces, um homem veio e perguntou o que ele tinha acabado de enrolar no braço. Avner, que usa regularmente uma kipá na cabeça, explicou, em inglês, o ritual matutino e seu significado judaico. Segundo o Jerusalém Post, ele disse: “Isso nos lembra diariamente perante Quem estamos.”