Pergunta:

Quais as leis e costumes da oração da Amidá?

Resposta:

A amidá é uma prece presente em todas as orações diárias, recitada em silêncio, sem intervenções externas, composta de dezoito bênçãos e que foram formuladas pela Grande Assembléia. Ela inclui, além de palavras e gestos apropriados – expressões de como devemos nos dirigir a D’us nesta conexão tão íntima onde são inseridos trechos em que podemos fazer nossos pedidos pessoais.

Todo judeu reza a Amidá da mesma forma, em qualquer lugar do mundo, em silêncio, com os pés juntos, movimentando os lábios e voltado para Jerusalém.

Três passos

Ao começar a Amidá, damos três passos para trás iniciando com o pé esquerdo e retornamos três passos à frente, iniciando com o direito, retornando ao mesmo lugar. O mesmo processo é repetido no final da amidá. Como estamos na presença de um Rei prestes a dirigir nossas preces a Ele apresentando humildemente nossos pedidos, nos afastar de Sua presença nos causa dor; usamos o pé esquerdo para nos afastar, e o direito, por nos sentirmos felizes em nos aproximar d’Ele.

Por que nos curvamos

De acordo com o Talmud, são quatro as ocasiões em que nos curvamos em reverência na Amidá: no início e no final da prece de "Avot" (a primeira prece da Amidá) e também no início e no final de “Modim”.

Quando nos curvamos, quebramos nossa resistência e “dobramos” nossa vontade permitindo que a energia flua através de nossa espinha. Devemos incliná-la o suficiente para que todas as dezoito vértebras se inclinem e distendam. As dezoito vértebras fazem conexão com as preces da Amidá, conhecida como Shemonê Esrê, as Dezoito Bênçãos. O significado de curvar-se com todas nossas dezoito vértebras é porque não é suficiente nos curvarmos em apenas algumas áreas de nossa vida; devemos demonstrar que submetemos a nossa vontade totalmente ao Criador, reconhecendo-O como Rei supremo. Desta forma rompemos a resistência que nos confina e permitimos que a nossa energia de vida nos nutra e sustente.

Devemos então voltar, gradativamente, até chegar à posição ereta ao pronunciar o Nome de D’us. Eretos conseguimos encarar D’us e receber a revelação da energia Daquele que é a Origem de toda a vida.