A mitsvá de respeitar os idosos tem uma importância especial nos tempos atuais, quando muitas pessoas chegam a uma idade avançada.

Viver mais tempo nem sempre traz as alegrias dos anos dourados que algumas pessoas esperam. As “cinquenta e duas semanas de férias por ano” após a aposentadoria nem sempre são uma bênção; a pessoa se vê com muito tempo nas mãos, e muitos aposentados se sentem entediados.

Nem todos os casais envelhecem juntos; à medida que aumenta nossa expectativa de vida, também aumenta a possibilidade de perdermos nossos companheiros e continuarmos sozinhos por muitos anos. Os filhos talvez morem em locais distantes, e mesmo quando próximos, têm vidas atarefadas e pouco tempo para devotar aos pais idosos. As doenças – enfisema, artrite, osteoporose – terminam por confinar a pessoa em casa. A vista que falha e problemas de audição fazem do rádio e da TV companheiros inúteis. Embora rezemos pedindo vida longa, os “anos dourados” podem ser muito, muito solitários.

Numa sociedade que valoriza a produtividade, os idosos não têm muito valor, e embora a sociedade pague seu débito a eles (embora em pagamentos inadequados), talvez isso seja feito com uma atitude característica de um devedor ao credor: com ressentimento.

Como fica evidente pelo versículo:“Honrarás uma pessoa idosa, e temerás teu D’us, pois Eu sou D’us” (Vayicrá), a Torá iguala a honra aos idosos com honrar ao próprio D’us.