"Mas seu irmão mais moço será mais notável que ele."
-Versículo 48:19 A simplicidade íntegra de um judeu simples afeta a profunda essência simples de D’us.
-Rabi Israel Báal Shem Tov


Os dois homens estavam entre os poucos privilegiados a conseguirem uma audiência com o rei. O primeiro homem chegou ao palácio na hora aprazada, mas assim que entrou na ante-sala parou, atônito. Sendo ele próprio um homem de posses, tinha condições de avaliar a opulência que via à sua frente. Lá ficou por horas, deleitando-se com as maravilhas que intoxicavam a alma de um homem rico. Lá ficou por horas, e o rei… nunca chegou a ver o rei.

O segundo homem chegou também ao mesmo salão de entrada, mas não estava acostumado a tais riquezas. Seu gosto empobrecido não conseguiu apreciar aquilo que embasbacara seu companheiro mais sofisticado. Para grande desgosto do homem abastado, o pobre encaminhou-se diretamente para a porta do rei.

Disse o Lubavitcher Rebe:

Certa vez, um grande homem falou: "Rezo com a mente de uma criança."

A percepção de D’us por uma criança, sentia ele, é de certa maneira mais verdadeira e mais pura que a elaborada e mais profunda compreensão cabalista dos atributos e manifestações Divinos.

O especialista espiritual que se aproxima de D’us com um olho na 'experiência' desta ou daquela nuance do Divino, pode não enxergar o propósito de tudo aquilo. Apenas ao reconhecer nosso analfabetismo espiritual básico, poderemos verdadeiramente nos relacionar com a essência totalmente transcendente de D’us.