Aposto que você pensou que chalá refere-se aos dois pães trançados que são reservados para as refeições do Shabat. Mas a chalá, sobretudo, é a pequena porção de massa que separamos e queimamos antes de assar qualquer pão.

Originalmente, aquela massa era doada a um cohen, um descendente de Aharon que trabalhava no Templo. Nos tempos messiânicos, recriaremos essa prática. Enquanto isso, precisamos queimar aquela chalá antes de comermos o pão do qual ela foi tirada.

Separar chalá nos diz que tudo aquilo que nos é dado não é somente para o nosso uso. Se tivermos sabedoria, dinheiro ou boa saúde, nosso primeiro passo é colocá-los rumo a um propósito Divino.

As mulheres judias tradicionalmente preferem assar a própria chalá para o Shabat em vez de comprá-la. É uma mitsvá, portanto por que abrir mão? É também uma mitsvá de caráter muito feminino, alimentando corpo e alma da família e dos convidados.

O que é:

A chalá é feita com trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, com pelo menos 1,68 kg de farinha. Se você usar menos que isso, porém mais que 1 quilo, separe a chalá, mas não recite a bênção.

O líquido que você mistura com a farinha deve ser água na maior parte. Caso contrário, acrescente uma gota de água e então separe a chalá sem recitar a bênção.

Bolos e biscoitos às vezes também requerem que a chalá seja separada.

Como:

Após você amassar a massa, antes de moldá-la no formato de pães, coloque toda a massa numa única assadeira ou tigela e recite:

Bendito sejas, Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou separar a chalá.

Separe um pedaço pequeno (cerca de 28 gramas) e diga: “Isto é uma chalá.” Embrulhe a chalá em papel alumínio e coloque-a na grelha ou no forno, ou queime através de qualquer outro método.