Ter filhos é um ato de fé. Fé em que o mundo está indo bem. Fé em que a vida de nossos filhos será melhor do que agora. Como sabemos disso, quando há tanta evidência do contrário? Simplesmente sabemos.
Ter filhos é um ato de confiança. Confiança n'Aquele que cria e sustenta o mundo a cada momento, de que Ele proverá o necessário para sustentar mais um parceiro em Seu grande projeto.
Que casal poderia ter um filho, se tivesse primeiro de provar que "podiam sustentá-lo"?
Se a paternidade exigisse uma licença, como para dirigir um veículo a motor ou para ser advogado, quem passaria no teste? Mesmo assim, de alguma forma, sabemos que se trouxermos uma criança no mundo, D’us fornecerá os recursos para nutrir seu corpo e alma. Como Ele fez para nossos pais, que talvez não fossem piores, mas provavelmente não eram mais bem equipados para esta tarefa que nós.
Ter filhos é um ato Divino. Quem, senão D’us, poderia dizer: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" – e então conferir este mesmo poder a Sua criação?
Ter filhos é um júbilo tão profundo quanto o sofrimento, uma agonia tão maravilhosa quanto o prazer. Alguém disse certa vez que após ter um filho, passou a entender como D’us Se sentia; como é criar um ser que é uma extensão de seu próprio ser, com uma vontade própria – uma vontade que é livre para voltar-se contra a sua vontade. Que sofrimento, quando seu filho se volta contra você! E que alegria e satisfação quando ele ou ela carrega tudo aquilo que você considera precioso – seus valores, sua visão, seus sonhos – para a próxima geração e além dela, de maneiras novas e inesperadas.
Ter filhos é o supremo ato de afirmação. Proclama: "Eu sou, e continuarei a ser. Para sempre."