Publicado em Nashim Tsidkaniot
Já se sentiu sozinha, alguma vez? Sozinha, mesmo quando está rodeada de gente? E parece que as pessoas não estão nem um pouco a fim de escutar o que você tem a dizer? Elas querem falar, mas não ouvir. E você está falando para as paredes, para ouvidos moucos…
O ser humano parece ter uma necessidade imensa de conversar. Mas, por outro lado, às vezes tem um certo receio de contar certas coisas. Será que vão me entender? Será que vão me julgar mal? Será que vão tentar puxar o tapete por baixo dos meus pés? Vão sair por aí fofocando, contando meus “segredos”? Vão aproveitar minhas idéias e abrir um negócio concorrente?
Além do mais, ninguém é perfeito, e parece que tem gente que se consola de suas imperfeições salientando as imperfeições dos outros.
Diz a Mishná “Estabeleça para ti um mestre e adquira para ti um amigo...” (Pirkê Avot 1, 6). Diz o Rebe que é importante ter uma mashpia, alguém que está num nível mais alto que o seu para ser sua mentora e conselheira (um mestre). E também é importante adquirir uma amiga com quem conversar, alguém em que você confia, pois deste modo, como dizem nossos rebeim, são duas almas divinas a confrontar uma alma animalesca e há mais chance de vitória.
Mas em todo caso, um yehudi não está sozinho. Hashem está conosco. Quando o chassid Radats (Rav Chayim David Tsvi Cohen) cuja alma se encontra no Gan Êden, tinha 12 anos, seu pai, Rabi Perets n”E, o levou a Lubavitch, ao Rebe Tsemach Tsêdek. O Rebe o aproximou muito e, entre outras coisas, lhe disse: “Escute minha voz e pare de ser criança. Antes de fazer uma berachá sobre um alimento ou uma bebida, e falar ‘Baruch Atá’, lembre-se para Quem você está dirigindo seu ‘Baruch Atá’.
Desde então, antes de cada berachá o Radats punha a mão na testa, como alguém que precisa se lembrar de um assunto muito profundo e se concentrar. Hashem escuta nossa voz, sempre quando nos voltamos a Ele com sinceridade.
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