Há vários meses, eu estava fazendo as unhas quando a manicure, notando minha barriga, pergunta inocentemente: “É o seu primeiro?”
“Não”, eu “Então, não é o seu primeiro?” disse, e sorri para ela.
“Então, não é o seu primeiro?” ela pergunta novamente.
Dessa vez eu cedi, sabendo o que estava por vir, e disse: “É o meu oitavo!”
“Não,” diz ela, “eu estava perguntando se é seu primeiro filho, não seu primeiro mês.”
“Sei exatamente o que você estava perguntando,” respondi enquanto ela simplesmente arregala os olhos, descrente.
E então, aquilo que sempre vem depois por algum motivo… “Mas você parece tão jovem,” ela diz admirada.
“É porque sou jovem,” eu insisto, não muito certa sobre que idade pareço ter após dar à luz a sete filhos!
Quando eu estava esperando meu sexto filho, meu marido foi comigo quando fui fazer o exame de sangue de rotina. A flebotomista logo superou seu choque ao saber que era minha sexta gravidez, mas que horror, ela perguntou: “todos com ele?” apontando para o homem barbudo na porta de entrada. Como se, caso tivesse sido com seis homens diferentes, teria sido mais razoável por ter tantos filhos.
Uma barriga grávida é sempre motivo para pergunta de todos. O engraçado é que os comentários são na maior parte das vezes previsíveis e quase sempre sobre as mesmas coisas. Entre meus menores aborrecimentos estão as frases ditas ao meu marido, que isso tudo é por causa dele. Sério? Em 2018?
Na verdade acho isso um pouco (leia:muito) ofensivo, como se eu não tivesse nada a ver com isso – como se, de alguma forma, fosse uma decisão totalmente dele. Isso me leva ao fato de que não houve decisão, e a noção de que devemos precisar ser esclarecidos sobre essa coisa chamada controle de nascimento porque, claramente, nada sabemos a respeito disso.
Aqui está a questão: Temos esses filhos porque realmente queremos! Porque Temos esses filhos porque realmente queremos! fomos criados com o entendimento de que não há melhor legado que podemos deixar que uma geração de almas judaicas que irão lançar uma luz sobre este mundo, uma luz tão brilhante que o mundo inteiro será permeado com amor e bondade. Porque acreditamos que não há riqueza maior que possamos juntar que a alegria vinda de nossos filhos – e aqueles que vêm depois. E que “A coroa do dos pais são os filhos de seus filhos.”
Trata-se apenas de um diferente ponto de referência, outro conjunto de prioridades. Para nós, trazer mais um membro para nossa família é a maior bênção que poderíamos pedir.
Nossos filhos estavam contando os dias até que ocorresse a nova chegada. E agora que ela chegou, os beijos são intermináveis. Preciso implorar a eles para que a deixem dormir!
O maior presente que nossos pais nos deram é cada um de nós, e somos tão afortunados por podermos dar este precioso presente aos nossos filhos. Eles terão um ao outro sempre e para sempre. Você simplesmente não pode ter amor demais.
Ao embarcar no avião com um filho de 3 anos, um de 2 e um recém-nascido, ouvi um passageiro dizer a outro: “Esses são do povo que tem muitos filhos.”
Isso foi há muitos anos, mas jamais esqueci esse comentário. Não porque fiquei magoada. Pelo contrário: encheu-me, e continua a me encher, com tanto orgulho.
Sim, somos o povo que tem muitos filhos. Estou orgulhosa disso. Minha esperança é que nossos filhos sintam o mesmo.
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