Pergunta:
Vou me casar daqui a algumas semanas, e gostaria de saber a respeito do costume da noiva usar véu. Quero fazer as coisas certas, mas não estou particularmente empolgada com esse costume. Parece um pouco fora de moda!
Resposta:
Há um equívoco comum de que o noivo cobre a face da noiva antes do casamento porque ele tem de checar se está desposando a noiva certa, ostensivamente para evitar o que aconteceu com nosso patriarca Yaacov, que foi enganado e casou-se com Leah ao invés de Rachel. Porém, isso não faz muito sentido: o noivo cobre o rosto da noiva, mas se ele quisesse identificá-la, deveria descobri-la!
Em vez disso, ao cobrir o rosto da noiva, o noivo está declarando: “Por mais linda que você esteja hoje, meu amor por você não é superficial. Não são apenas seus olhos que me atraem; é sua personalidade, seu caráter, suas opiniões sobre a vida – a verdadeira você. Posso cobrir sua doce face com um véu e ainda desposá-la, porque sua face é apenas um nível da sua verdadeira beleza.”
Outro motivo para o véu: a Torá diz que quando Moshê desceu do Monte Sinai, sua face estava tão brilhante com santidade que ninguém ousava olhar para ele. Ele tinha de usar um véu sempre que falava com o povo, a fim de filtrar o brilho Divino. (Esta é a origem para a pintura de Moshê com chifres feita por Michelangelo: a palavra para “reluzir” e “chifres” em hebraico têm as mesmas letras; uma antiga tradução grega erroneamente traduziu este versículo: “e Moshê tinha chifres.”)
Quando a noiva e o noivo ficam sob a chupá, eles estão num estado elevado, pois estão a ponto de se unirem como um. Na noiva, esse estado elevado é mais revelado. Ela irradia uma santidade especial; a Divina Presença (Shechiná), o aspecto feminino de D'us reluz atravez da face da noiva.
Essa luz é tão intensa que deve ser velada, assim como a luz emanando do rosto de Moshê teve de ser coberta. A santidade necessita de privacidade.
Aqueles momentos sob a chupá são potentes. À medida que seu dia se aproxima, certifique-se de mergulhar nele e utilizar cada segundo sagrado.
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