Rabino Yaacov Schwei e Rabino Yosef Braun, membros do Badatz de Crown Heights publicaram em 12 de cheshvan de 5773, uma página intitulada “Halachá Prática para tempos de emergência durante uma tempestade.”

Do Morei D'assra e membros de Badatz, Horav Schwei e Horav Braun shlita . Halachá prática para momentos de emergência e riscos de vida.

  • É uma mitsvá proteger-se de qualquer coisa que seja perigosa ou ameace a vida, como declara a Torá: “Vocês devem proteger-se inexcedivelmente bem.”
  • Não se deve entrar numa correnteza de água se esta atingir acima de suas coxas, devido ao perigo de ser levado embora.
  • É obrigatório seguir todas as diretrizes de emergência emitidas pelas autoridades a respeito do furacão e suas consequências.
  • Se devido à força do furacão as autoridades ordenarem que todos permaneçam em casa, você deve rezar em casa e não arriscar a vida indo à sinagoga.
  • Se uma ordem para ficar em casa resultar em não ler a Torá numa segunda-feira ou quinta-feira, a maioria das autoridades haláchicas concordam que não deveria ser lida em outro dia.

Ao ser atingido por um vento extremamente forte, recite a seguinte bênção: Baruch Atá Hashem… ossê ma’asê bereshit.
Alternativamente, você pode recitar: Baruch atá Hashem… she-kochô u’guevuratô malê olam. Devido a muitas considerações haláchicas, a primeira bênção é preferível.

A definição de um vento extremamente forte é uma questão de debate entre as autoridades haláchicas. Se você estiver em dúvida, recite a bênção sem o nome de Hashem (Baruch ossê ma’asê bereshit).

A hora adequada para a bênção é enquanto o vento pode ser ouvido claramente e alto – ou pelo menos, enquanto seus efeitos poderosos são claramente visíveis.

Eventos naturais extremos são significativos na Halachá. Shulchan Aruch registra que jejuns comunitários e o toque do shofar podem ser organizados quando ocorrem terremotos fatais e tempestades perigosas capazes de derrubarem edifícios.

Se você vir águas de enchente entrando na propriedade de seu vizinho, devastando sua terra ou demolindo sua casa, você é obrigado a consertar a brecha e impedir que as águas entrem, se puder fazer isto com segurança.

Essa obrigação está incluída na mitsvá de hashavat avedá,, sobre a qual a Torá estipula: “Assim deves fazer por toda perda de teu irmão.” – o que, explica, o Chazal, inclui dano à terra e propriedade. Essa obrigação se aplica a toda forma de perda – você deve fazer tudo ao seu alcance para impedir perda ou dano à propriedade.

Chazal em Guemara Berachot declara sobre zeva’os que “quando Hashem se lembra dos Seus filhos que passam dificuldades entre as nações do mundo, Ele derrama duas lágrimas no mar (yam ha-gadol) e seu som é ouvido de um lado ao outro do mundo.” Rabeinu Yona define o termo zeva’os como ventos fortes acompanhados pela chuva. Rabeinu Chananel explica que isso é feito “para mostrar ao povo judeu que Hashem não os abandonou nem esqueceu e que Ele os retornará no futuro; Ele faz tudo isso para fortalecer seus corações para que não desanimem de vivenciar a Redenção.”


Que a solidariedade entre todos na reconstrução e união de perdas materiais, como lares e instituições, mas principalmente qunato a seus entes queridos, possa ser fortalecida e trazer desta forma mais conforto e paz a todos.

Que daqui para a frente possamos apenas sentir ventos que trarão a verdadeira e completa Redenção e reconstrução. Que todos possam estar em paz e protegidos, Bezrat Hashem.