Pergunta:
A Torá parece ter uma opinião sobre cada tema - onde entra o livre arbítro neste quadro?
Resposta:
A Torá nos dá uma divisão entre o bem e o mal. Em outras palavras, a Torá nos diz qual campo da realidade deve ser evitado porque não pode ser usado para o bem - quais artigos, alimentos, relacionamentos, etc., são espiritualmente embotadores para nós. Mesmo assim, embora saibamos o que precisa ser evitado, há tanto de individualidade dentro do vasto reino do permissível, e não estou falando sobre SE fazer - estou falando sobre O QUE fazer.
Este conceito afeta cada área de sua vida. Tome exemplos simples, como alimentos: a Torá diz o que você não pode comer. Você decide o que e quanto deseja comer. Não estou falando sobre diferentes níveis de cashrut para pessoas diferentes - quero dizer que alimentos, realmente, você comerá. O mesmo se aplica a relacionamentos, emoções, reações, amizades, roupas - é sua individualidade que importa.
No esquema mais geral das coisas, sempre há a coisa certa a fazer. Está tudo na Torá. A Torá lhe diz para levar uma vida significativa. Portanto, trata-se de como cumprir a mitsvá que lhe cabe. E mesmo ao cumprir ou tentar cumprir todas as mitsvot, é sua escolha qual delas você enfatiza em sua vida. Para alguns, sempre foi a mitsvá de ser feliz. Para outros, receber convidados no Shabat; para outro ainda, a extrema doação.
Evidentemente, todas as mitsvot são igualmente importantes - não dizemos que uma parte da Torá é mais importante que a outra. Tudo deve ser feito. Mas a Torá não dita se você será um professor ajudando crianças, ou um chazan (cantor) numa sinagoga. Em outras palavras, onde seus talentos se destacam, e onde seus poderes específicos estão evidentes, estas coisas automaticamente terão ênfase em sua vida. Estas são a individualidade das mitsvot. A Torá é multidimensional, permitindo que cada indivíduo expresse sua singularidade e talentos por meio das mitsvot.
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