Pergunta:
Estava dirigindo meu carro em uma avenida com um grande fluxo de carros quando apareceu um cachorro na frente, tentei freiar, mas não deu e o cachorro morreu.
Pensei em colocar o corpo do cachorro no acostamento, mas ele já não estava em condições. Estou me sentindo muito mal.
Gostaria de saber qual a atitude mais correta a tomar nestas circunstâncias.
Resposta:
A Torá nos instrui várias leis de respeito e bom tratamento aos animais, com finalidade de nutrir nossa midá (virtude) de compaixão e respeito para com todos os seres. Por exemplo, uma pessoa não deve comer antes de alimentar seu animal, pois este seria um ato de crueldade. A Torá também menciona que podemos aprender de certas características dos animais, como o afinco das formigas, e a agilidade de gazela.
Contudo, animais não possuem neshamá (o nível mais elevado da alma), e portanto, não tem vida após a vida. Quando morrem, seu ruach (um nível mais baixo de alma) é expirado.
Como todos os outros elementos da natureza, os animais foram criados para servir o homem. Quando o animal morre, é sinal que sua missão no mundo já foi cumprida.
A sua atitude foi correta em chamar os bombeiros para remover o corpo do cachorro e sua sensibilidade em sentir a dor e a perda mesmo de animais, é exatamente o que deveria ser despertado em toda a humanidade: a compaixão por todos os seres criados por D'us.
É possível que a alma de um ser humano desça a este mundo no corpo de um animal, a fim de atingir sua perfeição (no conceito de "gilgul", reencarnação). O animal é impulsionado por uma alma animalesca padrão, e a alma humana Quando o animal morre, não é a alma do animal que vai para o céu, mas sim a alma do ser humano que estava dentro, aprisionada no animal.
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