Pela Graça de D'us
17 Menachem Av 5737 Brooklyn, NY
Saudação e Bênção:
Obrigado pela sua carta de 23 de julho. Fiquei satisfeito de observar que você se lembra de nossa discussão. No entanto, a sua inferência do recente apagão em apoio à sua tese é discutível.
De qualquer forma, seguindo o exemplo da sua carta, farei também referência a um acontecimento recente em apoio a minha posição. Refiro-me a visita do Primeiro-Ministro Menachem Begin e, sem dúvida, o senhor também teve a oportunidade de conhecê-lo e de avaliar os resultados da sua visita aos EUA.
Um dos elementos óbvios da visita do Primeiro-Ministro é que demonstrou mais uma vez quão vitalmente importante é para o nosso povo na Terra Santa ter comunidades judaicas fortes e viáveis ao redor do mundo. Pois, por mais importante que seja a Aliyá, seria uma bênção duvidosa se ela corroesse a voz e a influência judaica em países estrategicamente importantes como os EUA e outros.
E, falando da importância das comunidades judaicas na Diáspora, a ênfase não está apenas nos números tal como aparecem num censo nacional, mas também e principalmente na qualidade da população e liderança judaica, nomeadamente, até que ponto os judeus se identificam com o judaísmo e as causas judaicas.
Aqui, mais uma vez, como salientei na nossa conversa, não basta apenas preencher um cheque – por mais indispensável que seja a assistência financeira, mas deve ser uma identificação e um compromisso pessoal ainda mais significativos, tocando profundamente cada judeu e refletindo sobre a sua vida diária como judeu.
Tal identificação não se limita ao lar e à sinagoga ou quando alguém faz participa de um clube ou sociedade judaica o lado de companheiros judeus, mas deve ser evidente em todos os lugares, mesmo entre não-judeus, e até mesmo na Casa Branca, com auto-respeito verdadeiramente judaico e confiança declarada em D'us, o Guardião de Israel, e com orgulho na nossa herança e tradições judaicas – como foi tão eminentemente expresso em palavras e ações pelo Primeiro Ministro Begin.
É consenso geral que este comportamento digno do representante judeu durante o seu primeiro encontro com o Presidente dos EUA teve um impacto imensamente favorável e estabeleceu um relacionamento pessoal entre os dois líderes que, esperamos, terá resultados benéficos de longo alcance também em termos de apoio americano.
Espero que tenha acompanhado de perto os destaques e detalhes desta visita e comparado com os dos seus antecessores. Aqui, pela primeira vez, veio um primeiro-ministro judeu que declarou em voz alta e clara que vem fortalecido pelas preces de seus companheiros judeus no país e no exterior e confia em D'us e na eternidade de seu povo de que sua missão será concluída e bem-sucedida.
E, como vocês certamente sabem, quando ele se sentou para partir o pão com o Presidente Carter, ele se certificou de que seria uma refeição casher, colocou uma kipá e fez uma bracha e explicou ao Presidente o significado de suas ações. Tudo isso lhe rendeu o respeito e a admiração do Presidente e de todos os demais que com ele tiveram contato. Mesmo de um ponto de vista pragmático e estadista, esta abordagem será certamente uma vencedora, embora, infelizmente, não tenha sido reconhecida pelos seus antecessores.
Para concluir com a nota final de sua carta, que D'us o abençoe com força e sabedoria para usar seus bons ofícios e influência nessa direção, especialmente em vista de sua posição proeminente na comunidade judaica.
Com os melhores cumprimentos e com estima e bênção,
[assinatura do Rebe]
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