O Dr. Yaakov Reich é professor universitário de matemática. Publicou vários artigos em revistas acadêmicas importantes, e não parece ser uma pessoa do tipo das que falam de milagres. Mas ele também é um chassid, e dá muito valor a sua ligação contínua com o Rebe, que influencia sua vida espiritual, bem como suas decisões diárias.
Seu depoimento:
Durante uma breve estadia em Jerusalém, no verão passado, minha filha e eu fomos acordados de repente por uma explosão amedrontadora, seguida de ruídos de ambulâncias e helicópteros. Um terrorista suicida acabara de explodir dois ônibus a poucos metros de onde estávamos hospedados. Houve mortos e feridos. Depois que nos recuperamos do choque inicial, falei para minha filha, que planejava ficar estudando um ano em Israel: “Você vai voltar comigo para casa, e está acabado.”
“Aba”, disse ela, “antes de vir para cá, recebi uma orientação muito clara do Rebe para vir. Por que não perguntamos ao Rebe novamente?”
Concordei. E ela escreveu uma carta e a colocou, aleatoriamente no volume 18 das cartas do Rebe, conhecidas como Igrot Kôdesh. Abriu o livro na página onde estava seu bilhete e leu:
“Não tema. Os olhos de D’us estão sobre a Terra de Israel, desde o começo do ano até o final do ano.”
É óbvio que ela ficou em Israel. Fiquei feliz com a clareza da orientação e agradeci a D’us por isso. Mas aquela resposta representou muito mais para mim. Era uma garantia absoluta que o Rebe assumia de que eu nada tinha a temer. Portanto, apesar dos eventos trágicos do ano passado, não me preocupei com a segurança de minha filha.
Dr. Reich continua com outro exemplodo involvimento constante do Rebe em sua vida.
Em um incidente anterior envolvendo um negócio o qual eu não tinha certeza se deveria concluir, escrevi para o Rebe. A carta onde “por acaso” abri era dirigida a alguém com exatamente o mesmo nome e sobrenome da pessoa sobre quem eu estava escrevendo! Imediatamente segui em frente com o acordo.
Recentemente uma amiga nossa ligou de Paris pedindo conselho. Será que ela deveria vir a Nova York para se encontrar com um jovem que lhe tinha sido sugerido como noivo em potencial? Eu lhe disse para perguntar ao Rebe, e lhe expliquei que se pode receber respostas do Rebe através do Igrot Kodesh. Ela me pediu para escrever por ela, pois não tinha nenhum dos volumes de cartas do Rebe, nem sabia hebraico para entender a resposta.
Redigimos, juntos, uma carta, e a coloquei em um dos volumes de cartas do Rebe. A carta que escrevemos foi parar numa página que tinha uma resposta do Rebe para uma mulher em Paris. O Rebe iniciava a carta dando sua bênção para que ela se encontrasse com “o jovem”. E em seguida, o Rebe dava instruções precisas para a mãe, que estava com problemas no casamento. (Nossa amiga admitiu que seus pais estavam tendo problemas em seu relacionamento e o conselho do Rebe era muito pertinente.) No final da carta, o Rebe acrescentou uma nota: “Faz tempo que não tenho notícias suas. Saiba que sei francês, embora meus secretários não saibam esse idioma.”
A esposa do Dr. Reich, Doutora Esther Reich, é dentista, e também professora numa universidade em Nova York. Ela relata outra história ocorrida em sua família:
“No verão passado, uma de nossas filhas não sabia se deveria ir para Denver para trabalhar como madrichá-chefe na colônia de férias (Day Camp) de Chabad, ou se deveria trabalhar numa colônia de férias de Chabad na Rússia. Nós e a direção de sua escola gostaríamos que ela fosse para a Rússia. Mas ela, na verdade queria voltar para Denver, onde já tinha trabalhado e sentia que tinha se dado bem com algumas das crianças russas. Ela precisava dar uma resposta. Sugerimos que escrevesse para o Rebe. Só por obediência, ela escreveu. Na carta onde ela abriu, o Rebe dizia: “Em qualquer lugar do mundo você pode ajudar um judeu.”
Ela achou que o Rebe queria que ela fosse para Denver. Nós achamos que o Rebe queria que ela fosse para a Rússia. Ainda estávamos num impasse. Falei para ela que escrevesse outra carta, de todo o coração, e pedisse ao Rebe para lhe dar uma resposta clara. Ela escreveu e, em seguida, abriu aleatoriamente um dos volumes de cartas do Rebe. Naquela página havia uma lista de nomes de cidades da Rússia! E o mais pertinente era que todas as cidades mencionadas eram justamente as que me recomendaram como boas cidades para ela ir.”
Muitos podem achar que esses fatos não passam de meras coincidências. Yaakov Reich é professor de matemática, especialista em probabilidade, sendo, portanto, bem qualificado para discutir a probabilidade estatística de milhares de pessoas receberem respostas desta maneira. Basicamente, o que acontece aqui é que temos milhares de pessoas que estão fazendo esta “experiência” independentemente. Isso é conhecido, em matemática como experimentos independentes. Em experiências deste tipo, quanto maior o número de experimentos, menor a chance de todos obterem o resultado esperado. Por exemplo: se a probabilidade de meu experimento ter o resultado desejado for de 50% e a probabilidade de seu experimento ter o resultado desejado for de 50%, a probabilidade de nós dois termos o resultado desejado é de 25%, explica o Dr. Reich.
Portanto, se todas as cartas que qualquer indivíduo pudesse ter recebido, que tenham a ver com sua questão pessoal forem comparadas ao número total de cartas, esse tipo de probabilidade seria menor que 5%, menor ainda que 1%. Mas vamos fazer o cálculo, bem por baixo, e dizer que uma em cada 10 cartas poderia ter algo a ver com sua pergunta. Se há milhares de pessoas escrevendo para o Rebe pedindo orientação e conselho e apenas 50% recebessem respostas, a probabilidade de tamanha percentagem, neste caso, já seria extremamente remota. E, obviamente, muito mais do que 50% das pessoas que escrevem para o Rebe recebem respostas desta maneira. Não dá para dizer que é, apenas, uma questão de interpretação. Inclusive, muitas vezes acontece que na resposta aparecem detalhes específicos, como uma data, um lugar ou um nome. Isto reduziria em muitas vezes a probabilidade de um acaso.
É muito frequente respostas para perguntas específicas, como aconteceu em nossa família, de modo incrível. Essas respostas não podem ser atribuídas ao acaso. Só podemos chegar à conclusão de que o Rebe, o líder de nossa geração, continua conosco.
Eu gostaria de enfatizar que a explicação matemática acima está longe de ser uma prova do caráter miraculoso das respostas do Rebe. Não passa de um esboço – pois a matemática, embora seja o campo mais abstrato da ciência, é finita e limitada e, em essência, não pode provar D’us, que é ilimitado e infinito.
Numa observação não estatística, Dr. Reich comenta:
“Através da história judaica, houve épocas em que alguns poucos indivíduos justos conseguiam receber orientação abrindo a Torá ou outro livro sagrado. Agora um fenômeno impressionante está acontecendo. O Rebe está acessível a todos, em qualquer lugar, a qualquer hora. E ele responde imediatamente. Nos dias de gratificação imediata, como os de hoje, uma resposta imediata é muito valorizada.”
E o Dr. Reich conclui: “Como o Rambam explica, a ocorrência de milhares de milagres ‘enquanto o mundo continua a funcionar de modo habitual’ é uma inovação fundamental da Era Messiânica, quando os milagres estarão ao alcance de todos, não apenas de poucos privilegiados. Como disse o Rebe em 1992: ‘Especialmente nestes dias de Mashiach, em que nos encontramos, tudo o que é necessário é abrirmos nossos olhos.’”
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