Durante a I Guerra Mundial, no outono de 1915, ela e sua família fugiram de Lubavitch e se estabeleceram em Rostov. Enquanto morou nesta cidade, Rabi Shalom DovBer adoeceu e Chaya Mushka, então com dezenove anos, tomou conta do avô com todo o carinho, passando as noites a seu lado. Antes de seu falecimento em 1920, Rabi Shalom DovBer abençoou Chaya Mushka e deixou-lhe em testamento várias obras clássicas chassídicas.

No começo dos anos vinte, a guerra comunista contra a alma judaica intensificou-se e começou a luta heróica de seu pai. Durante as escuras noites soviéticas, Rabi Yossef Yitschac teve sua filha Chaya Mushka a seu lado.

Por apreciar sua sabedoria e força, seu pai envolveu-a em seu trabalho. Pedia à jovem Chaya Mushka transportar secretamente alimentos e suprimentos a uma yeshivá subterrânea em Rostov, sabendo que ele podia confiar em seu discernimento.
A vida em Rostov tornava-se cada mais perigosa para os judeus que lá viviam e na primavera de 1924 sua família mudou para Leningrado, onde Chaya Mushka continuou seu empenho.

Num documento recém-descoberto, datado de 4 de dezembro de 1924, seu pai escreveu:

"Autorizo por meio desta a cidadã Chaya Mous-sia Yossepuvna (filha de Yossef) Schneersohn, residente à Rua Machovaya, 12/22, apartamento 10, a receber valores em meu nome ou documentos a mim endereçados, sob todas as formas, de bancos governamentais, e de todas suas agências e escritórios, e de outros bancos, governos ou comunas, ou de outras organizações privadas e pessoas ou por telégrafo."

A Rebetsin Chaya Mushka tinha 23 anos nesta época.

A cruel perseguição era incansável e, em 1927, um célebre oficial da polícia comunista foi prender seu pai em sua casa em Leningrado. Mantendo sua serenidade, ela conseguiu, de maneira inteligente, avisar o Rebe (seu futuro marido), que estava na rua dizendo:
"Schneerson, temos visitas!" Compreendendo a mensagem, o Rebe conseguiu, rapidamente, avisar os outros e tomar as precauções necessárias.

Depois de sua prisão em Leningrado, seu pai foi exilado em Costroma e, a pedido dele, ela se reuniu a ele para a viagem. Em 12 de Tamuz, ela era portadora de boas notícias, quando contou à família, em Leningrado, sobre a libertação do pai.

No outono de 1927, no dia seguinte a Simchá Torá, a família Schneersohn saiu da União Soviética e mudou-se para Riga, Letônia.