A informação essencial sobre si mesmo, sua vida e trabalho, está faltando em sua carta. Refiro-me ao Psak-Din [decreto] de nossa Torá, Torat Chayim [a Torá da vida], significando que os judeus são mutuamente responsáveis uns pelos outros. Da mesma maneira, a vida diária da pessoa não é um assunto privado, mas afeta todos os outros judeus. Ainda mais quando o individuo em questão pertence à geração jovem, repleta de energia e rica em oportunidades, especialmente no estágio da vida em que a pessoa ainda não tem o peso das responsabilidades econômicas.

É portanto dever de todo judeu, especialmente alguém em sua posição, fazer todo o possível para divulgar Yiddishkeit, i.e., o real cumprimento das mitsvot maasiyot [observância prática das mitsvot]. em seu círculo imediato e no ambiente em geral; conscientizar outros de que Yiddishkeit não é algo a ser lembrado em determinadas ocasiões, ou em certos dias do ano, como Shabat e Yom Tov ou nas “Grandes Festas”, mas algo a ser vivido e praticado todo dia.

Além disso, tais esforços não apenas são canais para receber as bênçãos de D'us para as próprias necessidades, mas também são vitais para o bem-estar e sobrevivência de nosso povo como um todo, o que você deve expressar.

Tendo em vista o acima, não está fora de cogitação perguntar: O que você – com a sua educação e oportunidades – tem feito nos últimos meses e anos, sobre as linhas indicadas acima? Tem utilizado todas as suas capacidades e oportunidades, não apenas em sua família imediata, mas também entre os amigos e associados, para que sejam imbuídos pelo amor e temor a D'us que vivam segundo a Torá e mitsvot?

Ficarei feliz em receber boas notícias suas, que de fato é ativo e sempre numa medida crescente, como fomos instruídos “Maalin b’Kodesh [a pessoa deve se elevar ainda mais em questões de santidade – Berachot 28 a].”

Quanto às minhas opiniões pessoais sobre este ou aquele movimento, não vejo como isso pode dizer respeito ao cumprimento de seus deveres e obrigações, como mencionado acima, que certamente estão bem claros.

Embora Hashem tenha nos dado o intelecto para usarmos, nem todo tipo de uso do intelecto é desejável. A pessoa poderia usá-lo de maneira prejudicial, ou simplesmente desnecessária. Em vez disso, o intelecto deve ser usado construtivamente, para o estudo de Torá e buscando o cumprimento das mitsvot, não desperdiçado em distrações tolas. A curiosidade intelectual é uma característica humana, mas para trazer benefício a si mesmo e aos outros deve ser educada e direcionada adequadamente.

Assim, conforme discutido no Tanya, cap. 41, ao colocar o Tefilin a pessoa deveria se comprometer a “não usar a sabedoria e entendimetno da alma para qualquer propósito que não seja somente o de Hashem.