Aos 14 anos o Báal Shem Tov juntou-se a um grupo de Nistarim – místicos ocultos, seguidores de Rabi Adam Báal Shem de Ropshitz. Sua missão era vagarem de aldeia em aldeia, falando com rabinos, eruditos, trabalhadores pobres e ricos homens de negócios, encorajando-os e dando-lhes esperança onde antes havia só pessimismo.

Quatro anos depois, por sugestão do Besht, os Nistarim assumiram responsabilidade pela educação religiosa daquelas comunidades. Organizaram escolas apropriadas e forneceram professores religiosos e qualificados para elas, prestando uma atenção especial às necessidades dos pobres.

O Báal Shem Tov e seus companheiros partiram em sua missão – tranqüilizar os judeus, animar seus espíritos deprimidos e eliminar temores e ansiedades. Persuadiram os judeus a viver em pequenas aldeias e colônias agrícolas e se dedicar ao trabalho manual. Realizaram estas tarefas de maneira esplendidamente organizada (de acordo com os padrões da época). Se propuseram a curar os corpos do povo judeu e só depois poderiam curar seus espíritos e almas.

Depois da morte de Rabi Adam Báal Shem, o Báal Shem Tov foi eleito para atuar como líder dos Nistarim. Após sua eleição, o Besht organizou a fundação de escolas religiosas para estudos básicos (Chedarim) e avançados de Talmud (yeshivot) para os meninos maiores das comunidades judaicas.

Com o aparato educacional religioso assim firmemente estabelecido, o caminho estava preparado para servir a D’us e cumprir o mandamento de amar o próximo judeu (Ahavat Yisrael). Como segundo objetivo, os Nistarim concentraram sua atenção em tirar as massas da ignorância e elevá-las às alturas da Torá.

Durante este período em sua vida o Besht herdou diversos manuscritos que tinham pertencido a Rabi Adam Báal Shem. Estes manuscritos revelavam muitos segredos cabalistas e instruções que ele estudou avidamente.

Sabemos que em 5500 (1740) o Báal Shem Tov estava cercado por discípulos e sábios poderosos que travavam batalhas sobre a Torá. Além de seus discípulos e colegas, havia sábios do mundo todo que eram, abertamente, seus discípulos. Também trabalhavam de maneira altamente organizada e enérgica, cada um em sua tarefa indicada, no local designado pelo Báal Shem Tov. Naqueles dias, uma viagem de Medjibur a Shklov ou Vilna demorava semanas. Não obstante, havia comunicação constante, por meio de viajantes que iam a vinha. E o mais surpreendente, nenhuma pessoa fora deste ciclo sabia disto.

Em quinze anos, e importante organização do Báal Shem Tov, seu programa Divino de ahavat Yisrael e sua messirut nêfesh, dedicada à campanha de seus santos discípulos, deu frutos. Os ensinamentos do Báal Shem Tov se espalharam no mundo.

Durante algum tempo, o Besht permaneceu em Brody, onde se casou com a irmã de um erudito famoso, Rabi Abraham Gershon Kutover. Um filho, Rabi Zvi, e uma filha, Adel, nasceram para o casal.

Nos dez anos a partir de 5484 (1724), o Besht levou uma vida reclusa, dedicando-se ao estudo intensivo de Torá. Está registrado que durante este período o Báal Shem Tov recebeu instruções de Achiya de Shilo, o antigo profeta da época do Rei David, que aparecia regularmente para o Besht e lhe ensinava os segredos da Torá.