Em 5494 (1734), aos trinta e seis anos, o Besht mudou-se para a cidade de Mezibush. Ali ele se estabeleceu e começou a ensinar publicamente as doutrinas da Chassidut.

Deve-se lembrar que, naquela época, somente a erudição de Torá era considerada o caminho do Judaísmo, e os analfabetos ou com pouca instrução eram considerados como judeus “de segunda classe”.

O Báal Shem Tov ensinou que o Judaísmo e a Torá são propriedade de todos os judeus; que todo judeu, independentemente da origem, educação ou posses, é perfeitamente capaz de servir a D’us; e que Ahavat Yisrael deve abranger a disposição de se sacrificar em prol de outro judeu.

Ele insistia que a devoção é vital para a vida plena do judeu; que o potencial religioso da prece é incalculável. A prece, no entanto, não é pedir a D’us que conceda um pedido, embora este seja um dos objetivos da prece, mas aproximar-se – o sentimento de união com D’us; o estado da alma em que o homem abre mão da consciência de sua existência separada e se une ao eterno ser de D’us. Este estado produz um tipo de júbilo indescritível – simchá – que é um ingrediente necessário à verdadeira adoração a D’us. A alegria no cumprimento de um mandamento e calor e afeição no trato com os outros é a característica primordial do Chassidismo.

Muitas pessoas foram a Mezibush para se tornar ardentes seguidores do Besht. Dentre os milhares de discípulos estavam alguns dos mais estimados e eruditos rabinos e eruditos talmúdicos da época. Um dos mais notáveis, Rabi DovBer de Mezeritch, tornou-se sucessor do Besht e professor do celebrado Rabi Shneur Zalman de Liadi. Estes eruditos e rabinos famosos ajudaram a divulgar os ensinamentos do Besht em suas comunidades, portanto em pouco tempo o novo Movimento Chassídico espalhou-se em toda a Polônia e nas províncias vizinhas.