Sou um Judeu Conservador – na verdade, quase não praticante, não religioso.
Certo dia, há cerca de catorze anos, um amigo meu, ortodoxo, levou-me à sinagoga principal em Crown Heights. Fiquei ali de pé assistindo o Rebe falar – sem entender uma palavra – e então, quando ele acabou de falar, desceu e saiu da sala – passando perto da parede onde eu estava.
Ele me notou porque obviamente eu não era um dos freqüentadores típicos – nem sequer estava vestido como todos os outros ali (eu usava uma calça jeans e camisa de flanela). Ele parou à minha frente, tomou minha mão e olhou dentro dos meus olhos por um momento – e continuou andando. Eu jamais tive, antes ou depois daquele dia, uma visão de tanta benevolência e graça em qualquer outro ser humano. Na verdade, eu me senti como se estivesse na presença de algo maior que a vida comum.
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