Meu encontro com o Rebe ocorreu meses após a ruptura do meu segundo casamento, e a desafortunada perda da minha carreira rabínica tinha me jogado num abismo de depressão e melancolia.
Acompanhado pelos rabinos Groner e Groner Júnior, meu encontro com o Rebe não durou mais que meio minuto.
"Às vezes" – o Rebe aconselhou-me em yidish – "um leigo devotado pode fazer um bem incalculável, mais que um rabino."
"Você deveria ensinar alguma coisa, talvez o Talmud, mesmo se for apenas para uma ou duas pessoas na sala de sua casa."
E D'us é minha testemunha que logo ouvi a voz de um colega há muito esquecido, um rabino num subúrbio de Atlanta: "Marc, fiquei pensando durante todo o Shabat. É uma pena você estar de volta à cidade e não estar dando aulas. Gostaria de ensinar uma classe, digamos, aulas de Talmud, para a minha congregação?'
Deixe que os cínicos torçam o nariz. Estes são dias de milagres e maravilhas. Considero aquele o primeiro momento da minha restauração gradual à sanidade e ao auto-respeito. E creditarei isso para sempre ao Rebe.
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