Conta-se a história de um homem chamado Shamil, um líder de diversas tribos que viveu nas montanhas do Cáucaso na Rússia há mais de um século.
O exército russo atacou essas tribos, com a intenção de privá-las de sua liberdade. Incapaz de derrotar os valentes guerreiros em batalha, os líderes do exército russo propuseram um falso tratado de paz e assim conseguiram fazê-los depor as armas. Imediatamente depois, os russos atraíram o líder caucasiano, Shamil, para longe de sua fortaleza e o prenderam.
Exilado e desamparado, Shamil ansiava por sua liberdade e fortuna anteriores. Ele se consolou com o conhecimento de que eventualmente seria libertado e retornaria à sua posição anterior com ainda mais poder e glória. Seu desejo ardente foi expresso em uma canção triste, mas esperançosa.
Os chassidim cantam a melodia de Shamil porque sua verdadeira história é uma alegoria para as crônicas da alma. Cada alma desce a este mundo dos céus, vestida no corpo de um ser humano. Suas vestes físicas, em certo sentido, são sua cela de prisão, pois ela anseia constantemente pela liberdade espiritual e realização que conheceu. Ela se esforça para se libertar do “exílio” do corpo humano, direcionando a atividade física do corpo para o caminho da Torá e mitsvot, antecipando o momento em que deixará este mundo para trás e mais uma vez ascenderá aos elevados reinos espirituais.
Sichot Kodesh do Rebe, Simchas Torá, 5719
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